Sem concurso, Correios tem quadro reduzido em mais de 6 mil vagas

Na lista de privatização do governo do presidente Jair Bolsonaro, e sem a previsão de concurso, o Correios teve novamente o seu limite de pessoal fixado pelo Ministério da Economia. Em portaria publicada nesta segunda-feira, 27, a estatal conta com 94.598 vagas.

Desse total, 108 são referentes ao quadro em extinção e 94.490 do seu quadro permanente. O quantitativo atual conta com 6.298 vagas a menos do que o fixado em 2021.

Somente no quadro permanente, ou seja, preenchido por empregados públicos, são 6.236 vagas a menos. O número atual engloba tanto profissionais contratados por meio dos últimos concursos dos Correios quanto aqueles em funções comissionadas, requeridos de outros órgãos, temporários e outros.

Ainda conforme a portaria, compete à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos gerenciar o seu quadro de pessoal próprio, praticando atos de gestão para contratar ou desligar empregados, desde que observado o limite estabelecido.

Se depender do atual governo, no entanto, não haverá novos concursos para o Correios. Isso porque a empresa integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, que reúne, atualmente, 16 estatais a serem privatizadas.

Na lista, além dos Correios, estão Telebras, Dataprev e EBC. No entanto, não há qualquer perspectiva de realização de leilões para este ano.

Veja como foi o último concurso Correios em 2011

Sem investimentos nos últimos anos, o Correios viu sua força de trabalho diminuir. O último edital para carteiro, cargo com maior necessidade de pessoal, foi publicado em 2011.

Em 2012, os Correios pediram 13.727 vagas para o Ministério das Telecomunicações, sendo 10 mil para uma nova seleção e as demais para chamar os aprovados do ano anterior.

Já em 2016, sem essa promessa se cumprir, os Correios anunciaram cerca de 2 mil vagas. As oportunidades seriam para agente de correios, de nível médio, nas atividades de carteiro e operador de triagem.

As oportunidades seriam distribuídas pelos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal.

As remunerações seriam de R$2.885,37 e de R$2.348,87, para carteiro e operador, respectivamente, já incluindo benefícios e adicionais. No entanto, quem atuasse também aos sábados receberia R$3.017,42.

Os Correios chegaram a elaborar um projeto básico do concurso. Nele, havia a previsão dos candidatos serem avaliados por meio de provas objetivas de:

  • Língua Portuguesa;
  • Matemática; e
  • Conhecimentos Gerais.

Além de teste de esforço físico e exame médico admissional (para os convocados). A seleção, no entanto, não saiu do papel.

Em 2017, os Correios realizaram concurso para a área de Segurança do Trabalho. O resultado final dessa seleção saiu em janeiro de 2018.

Foram oferecidas 88 vagas para os níveis médio/técnico e superior. Foram contempladas as áreas de Medicina, Enfermagem, Engenharia e Segurança do Trabalho.

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