A profissional do sexo Priscyla Rodrigues, 26 anos, divulgou vídeos em suas redes sociais sendo agredida por um homem no bairro da Saúde, região da Zona Sul de São Paulo, onde trabalha há quatro anos. Durante o ataque, ela teve um dente quebrado e hematomas.
Na quinta-feira (9), Priscyla prestou queixa na delegacia, porém, o Boletim de Ocorrência foi lavrado apenas como lesão corporal, deixando de fora o crime de transfobia – mesmo ela tendo sinalizado, inclusive em outro vídeo gravado no próprio DP. “Fui uma das vítimas da transfobia”, relata de forma incisiva.
Por meio de nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Secretaria da Segurança Pública informou: “O caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pelo 27º DP (Campo Belo). As imagens apresentadas pela vítima são analisadas pela autoridade policial para auxiliar na identificação do suspeito”.
A nota justifica ainda o uso do nome de registro no registro da denúncia: “A Polícia Civil esclarece que o nome social da vítima consta no Boletim de Ocorrência. O documento de identidade apresentado por ela ainda está ativo com seu nome de batismo, por isso o mesmo também consta no B.O.”, diz o comunicado.
Priscyla relatou ainda que o agressor já atacou outras mulheres que trabalham na região. Com isso, a Polícia Militar solicitou, também em nota, que outras eventuais vítimas se apresentem para registrar ocorrências para “responsabilização do autor das agressões”.