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Coronofobia: 5 sinais de que seu medo de pegar Covid está exagerado

Por METRÓPOLES

Arquivo/Agência Brasília

O período de isolamento causado pela Covid-19 durou quase dois anos e afetou praticamente toda a população mundial. As consequências podem ser vistas em diversas áreas da vida e são relatadas também por quem não adoeceu no período. A saúde mental foi, particularmente, prejudicada pela pandemia.

De acordo com um resumo científico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de pessoas com ansiedade e depressão aumentou 25%. Nesse contexto, surgiu o termo “coronofobia”, classificado como um temor extremo de contrair a infecção.

Pessoas com a condição apresentam sintomas de ordem física, psicológica e comportamental, apesar de tomarem todas as precauções possíveis para evitar a doença.

“A pandemia afetou a saúde mental de grande parte da população. A situação financeira difícil, o acúmulo de dívidas, o medo de pegar Covid e a morte de pessoas próximas gerou tristeza, insônia, irritação, angústia e crises de ansiedade nas pessoas”, explica a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

A coronofobia pode trazer prejuízos para a vida familiar, social ou profissional, por isso um psicólogo deve ser procurado quando os sintomas começarem a aparecer. Se há sinais físicos de medo e ansiedade, como palpitações ou falta de ar, é necessário buscar ajuda tão logo quanto possível.

Saiba identificar sinais da coronofobia:

1. Medo de sair de casa

Com o isolamento, a casa de cada um se tornou uma fonte de segurança. Esse hábito, intensificado pelo medo de contrair Covid, pode ter continuado mesmo depois da diminuição das restrições.

“Mesmo com as flexibilizações, muitas pessoas acabam não conseguindo sair de casa ainda. O medo é um sentimento irracional e faz parte da vida. Uma pista que a pessoa passou do limite saudável é quando esse medo causa transtornos de funcionalidade afetando as relações com amigos, família e trabalho”, explica Vanessa.

2. Estresse exacerbado

Devido ao medo de se contaminar, o contato com outras pessoas pode acabar gerando estresse. Além disso, a pessoa pode passar a ficar nervosa com coisas pequenas, que antes costumavam não importar.

3. Sono ruim, falta de ar e palpitações

Preocupação, medo e estresse podem começar a serem sentidos no corpo. De acordo com a especialista, existem alguns sintomas físicos que são comuns à coronofobia. Entre eles estão:

4. Fobia social

Em muitos casos, todo o sentimento de medo e insegurança pode acabar se transformando em fobia social. “Um dos principais sintomas de coronofobia é a pessoa ficar muito nervosa ao sair de casa e isso acabar gerando problemas no sono e no apetite, além de ataques de ansiedade”, completa.

Além disso, quando a pessoa chega a sair de casa, ela fica o tempo todo preocupada, mesmo tomando os cuidados para não se contaminar. Essa reação pode ser indício de que algo não está bem.

5. Medo excessivo de ficar doente

Sentir um medo recorrente medo de estar doente é um dos principais sinais deixados pela pandemia. Algumas pessoas desencadearam pavor de tocar em superfícies por receio de pegar algum vírus, além de começarem a procurar médicos de forma frequente.

“Muitos não vão mais para lugares cheios e também não tocam em coisas que outras pessoas tenham tocado, antes da higienização necessária. Acontece que, no âmbito emocional dessa questão, muitas pessoas têm se sentido triste, culpado ou com medo além da conta de se contaminar, por si e pelos familiares”, afirma a psicóloga.

 

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