Depois de um ano e meio de campanha, as vacinas contra a covid-19 devem ser finalmente atualizadas para combater as sublinhagens da variante ômicron, como a BA.1, a BA.4 e a BA.5.
A expectativa é que elas comecem a ficar disponíveis a partir de setembro ou outubro de 2022, segundo o planejamento das agências regulatórias e de farmacêuticas como a Moderna e a Pfizer, que produzem os imunizantes já aprovados e utilizados em larga escala em boa parte do mundo.
“É extremamente desejável e necessário que tenhamos novas vacinas contra a covid”, considera o pediatra e infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Na prática, o processo de atualizar as doses é mais complicado e desafiador do que se imaginava a princípio.
A principal barreira foi o surgimento rápido e imprevisível de novas variantes do Sars-CoV-2, o coronavírus responsável pela pandemia atual — no ano passado, quando os cientistas estavam trabalhando no desenvolvimento de uma vacina para combater a linhagem alfa e beta, por exemplo, a delta já havia se tornado o problema da vez.