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Gabriel Sater lembra situação sobrenatural nas gravações de ‘Pantanal’

Por UOL

Imagem: Reprodução/ Instagram

Gabriel Sater, de 40 anos, o Trindade de “Pantanal” (TV Globo), contou que passou por uma situação sobrenatural em uma das cenas que o seu personagem está possuído. Na novela, o peão tem pacto com o cramulhão, nome dado ao demônio, que o leva a ter premonições e até uma viola enfeitiçada.

O ator e cantor afirmou que o momento aconteceu durante uma cena gravada ao lado de Jesuíta Barbosa, que interpreta o Jove, em que o mesmo escolhia um cavalo para a disputa da sela de prata com os irmãos.

“Estava com um cavalo naquela relação com ele, normal. Aí encosta o cramulhão, eu mudo minha frequência, muda toda minha questão corporal, muda minha intensidade. Na hora, o cavalo relinchou no meio da cena, sabe assim? Foi uma explosão na hora que eu não acreditei. O cavalo estava quietinho”, contou o ator, filho de Almir Sater, que interpretou o personagem na versão original da novela em 1990, para o site IG.

Na entrevista, Gabriel avaliou que a mudança de energia na cena pode ter afetado a situação. “Toda aquela energia, sabe? Você vê como que as energias não devem ser esquecidas, são muito importantes. Tanto que, todo dia antes de entrar em cena faço uma oração, peço proteção, porque estou lidando com energias que eu desconheço”, disse.

Para o ator, os animais são sensitivos e que, por diversas vezes, trabalhando como cramulhão, algum animal reagiu. Gabriel ainda afirmou que ouviu várias lendas do Pantanal e começou a acreditar após conversar com peões na preparação para o folhetim das 21h.

Quando cheguei no Pantanal, pesquisei com eles o pacto em outras questões. Muitas pessoas falaram que o pai teria feito oferendas para aprender a domar cavalo, lidar com animais. Muitas pessoas confidenciaram que fizeram para domar animais. Esse mundo sobrenatural tem muito que a gente não conhece. Quanto mais eu sei, mais eu sei que eu nada sei.

Amizade

A novela trouxe várias amizades para Gabriel. Uma delas é com Camila Morgado, que interpreta Irma, par romântico de Trindade na novela. O ator fez uma série de elogios para a colega de elenco, que, segundo ele, é “fascinante, perfeccionista, generosa, amável e incrível” e passou a admirá-la ainda mais após conhecê-la.

“Tem vezes que você é fã da ‘pessoa jurídica’ e ao conhecer a ‘física’ acontece de não ter o encantamento. Mas com a Camila foi diferente, eu fiquei ainda mais fã dela, com a maneira com que ela me recebeu, me trata, como ela é generosa, como a gente troca”, disse.

Gabriel entregou que escreveu seis músicas originais durante a novela e que uma delas foi inspirada na personagem de Camila. “Eu escrevi uma música para ela e para a Irma, ‘Noite de Tempestade’, que escrevi com Sá, de Sá e Guarabyra. Deu certo, a Camila amou a música, a produção também e virou a música do casal na novela”, contou.

O lado do cantor também pode ser visto na adaptação de Bruno Luperi. A produção permitiu que as suas músicas fossem tocadas em cena, e logo estarão no ar em “Pantanal”. “Uma delas vem aí e em homenagem ao Marcos Palmeira. O nome é ‘Curupira'”, observou ele.

Novo como ator em novelas, Gabriel afirmou que tem recebido ajuda de Marcos Palmeira e Irandhir Santos para compor o seu personagem. “Quando eu não tinha a preparadora, eu recorria a eles para ter ajuda. Tenho um carinho enorme com os dois. Trabalhar com os dois requer alto nível, são titãs da dramaturgia”, elogiou.

Justamente por trabalhar com grandes nomes da televisão, ele se pressiona para entregar uma boa atuação.

Cada cena eu brinco nos bastidores que é um Everest. São muitas dificuldades e complexidades, tem que ouvir o tempo inteiro. Eu chego pronto de uma maneira pronto por muitas coisas serem criadas em cena. É um Everest por dia.

Com o sucesso do par de Irma e Trindade, o ator disse estar feliz pelo carinho que tem recebido do fãs. “É gratificante e a gente faz pensando que eles vão gostar. Sempre torço pelo meu lado, meu viés, o Zé Lucas teve chances, não sabe o que quer, mas eu torço pelo Trindade, que quer ela de verdade e tem amor sincero. É um amor pé no chão, não é um endeusamento”, afirmou.

O ator garantiu que não sabe o fim do seu personagem. “Eles seguraram para eu não saber, é angustiante. Sinto aperto no coração se eu tiver que ir embora, não vai ser fácil, mas saberei lidar. A Camila sabe do final, o Irandhir não sei, pode ser que saiba, estou para saber o final, estou naquele jogo de ‘vai não vai’. Essa resolução final eu não sei, eu quero ficar!”, apontou.

Caso a versão atual se mantenha fiel à original, em que Trindade some e deixa Irma grávida, Gabriel afirmou que se sentirá mal. “Estou em um momento muito preocupante pessoalmente, porque quando acabar a novela, vai ser muito difícil porque estou amando fazer”, lamentou.

Paixão pelo personagem

Quando a novela passou em 1990, Gabriel tinha 10 anos e afirmou ser apaixonado pelo personagem desde aquela época. “Eu amava o personagem e assistia todos os capítulos. Minha mãe ficava um pouco brava, porque eu era novo e o horário era ruim, pessoas sem roupa passavam, mas ela deixava porque meu pai passava na televisão e eu queria assistir, ainda mais que meu pai é meu maior herói e ídolo”, contou.

Ele lembrou ter ficado fascinado pelas nuances da história de Trindade. “Eu tinha apreço pelo personagem, fiquei até triste quando ele foi embora. Meu pai me acalmou, falou que era outro projeto bonito, e eu fui atrás dele na produção de ‘Ana Raio e Zé Trovão’, amava aquela novela”, explicou.

Com o lançamento da produção no “Fantástico” (TV Globo), em setembro de 2020, Gabriel ficou animado em fazer um teste para fazer parte da novela.

Fiquei mega animado e tentei fazer o teste. Ele aconteceu no dia que eu iria fazer uma viagem estilo lua de mel com a minha esposa, em novembro de 2020. Cancelamos a viagem, as reservas, porque era um sonho meu e da minha esposa, de fazer essa novela.

O ator disse que o pai, que fez sucesso com o peão em 1990, ajudou o filho a compor o personagem. À época, ele foi atrás de Almir para buscar dicas. “Antes de passar no teste sondei ele para informações, perguntando o que movia o Trindade para ele, colhi de tudo, criei um livro para o meu personagem com estudo e leio antes de entrar em cena”, entregou.

Ao garantir o papel na novela após passar no teste, o ator intensificou a pesquisa, principalmente quando leu que gravaria a cena em que faz duelo de viola com Almir. Ele chegou a viajar para o Pantanal 40 dias antes da cena, dormiu na rede, conviveu com os peões, entendeu o bioma e os costumes. Dessa forma, ele lembrou a infância e se reconectou com seu pai para compor o duelo com ele.

De acordo com Gabriel, o duelo foi gravado durante 70 dias ao lado do pai. “Todo dia a gente tocava um pouco, compunha, arranjava o duelo e, quando ficou pronto, ficamos muito felizes. Me preparei muito porque sou da formação violinística e me dediquei muito para ser virtuoso na viola como meu pai”, disse.

O maior desafio em cena foi aprender a tocar viola como um bom violeiro, mas também criar uma identidade única para o personagem que já foi vivido pelo seu pai.

A dificuldade foi que tivesse minha digital e fosse verdadeiro, pantaneiro, condizente com a história que meu autor conversou comigo e com o que eu acreditava.

Devido ao intenso trabalho que o personagem demanda, o ator contou que não consegue se desligar do personagem e pensa toda vez nas cenas. “Perdi noites de estudo praticando e muito bem respaldado por nossa preparadora de elenco, minha preparadora antes de ir para a novela”, comentou.

Após o fim da novela, Gabriel não pensa em emendar um trabalho com o outro. O ator afirmou que quer dormir um pouco. “Só isso, quero dormir e ter férias. Faz seis anos que não tiro férias com minha esposa”.

No entanto, ele não deseja ficar muito tempo parado. “Já estou programando mil novidades. E aí caio para estrada, felizmente a Globo tem me liberado para alguns eventos nos fins de semana, tem sido muito importante para mim que eu tava muito carente dos shows, então, estou voltando agora”, finalizou.

Confira a cena que Gabriel diz ter vivido experiência sobrenatural:

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