A festividade que celebra o cultivo, a produção e as riquezas oriundas da macaxeira, base da economia Pwyanawa, foi prestigiada pelo governador do Acre, Gladson Cameli. Na manhã deste sábado, 23, o chefe do Executivo esteve na aldeia, localizada em Mâncio Lima. Ali, o gestor acompanhou o encerramento da quarta edição da festa, que levou para cerca de duas mil pessoas, entre visitantes, turistas e convidados, a riqueza e idiossincrasias da cultura Pwyanawa entre culinária, conhecimentos milenares, crenças e hábitos.
“O etnoturismo é uma atividade crescente no Acre e que ajuda a movimentar a economia. Para essa região, onde a farinha é o produto mais forte da economia, esse festival é de suma importância. Quem chegar aqui, sai renovado”, declarou Cameli.
Danças, vendas de comidas típicas, brincadeiras e a apreciação da caiçuma, que é a bebida típica dos nativos, marcaram os seis dias de culto à vida.
“Também é uma homenagem aos antepassados e um ato de demonstração da nossa cultura, espiritualidade e dos nossos saberes. A comunidade se sente muito valorizada com esse momento”, afirmou o cacique.
Há sete anos se fazendo presente às celebrações do povo Pwyanawa, o turista grego, Ioannis Orphanos, foi enfático ao dizer que os ensinamentos dos povos da floresta contribuem para a evolução do homem. Para o europeu, a forma de conduzir a vida é o maior ensinamento extraído da convivência com os nativos.
“É uma cultura muito rica, que passou a ter voz no mundo inteiro. A forma de viver foi o maior ensinamento que os indígenas me passaram”, ratificou.