O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira um bloqueio de R$ 6,7 bilhões no Orçamento deste ano, diante da necessidade de cumprir o teto de gastos (regra que limita as despesas federais).
O novo corte de verbas vai ocorrer às vésperas das eleições e criou uma tensão no governo Jair Bolsonaro, já que diversos ministérios estão reclamando de falta de recursos para a execução de seus projetos. A distribuição dos cortes só será divulgada na próxima semana e os ministérios tentam escapar da tesourada.
O bloqueio, o terceiro do ano, ocorre por conta do teto de gastos, a regra que impede o crescimento das despesas federais acima da inflação. Como as despesas totais são limitadas pelo teto, quando um gasto obrigatório sobe mais que o previsto no Orçamento, é necessário bloquear despesas não obrigatórias (essencialmente investimentos e custeio da máquina pública).
Os retrocessos no Brasil em 2022
De acordo com o Ministério da Economia, já estão bloqueados R$ 5,9 bilhões no Orçamento, por conta de avaliações feitas nos meses anteriores — esse tipo de análise ocorre a cada dois meses. Agora, o bloqueio sobe para R$ 12,7 bilhões.