Márcio Bittar agora tenta atrair Bocalom para apoiar a chapa de Gladson à reeleição

Assim como operou em relação ao prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (União Brasil), que era desafeto do governador Gladson Cameli e foi convencido a apoiar sua campanha para a reeleição, o senador Márcio Bittar, presidente regional do União Brasil e articulador da chapa que tem sua ex-esposa – Márcia Bittar – como pré-candidata a vice-governadora, quer fazer o mesmo em relação ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP).

É o próprio Márcio Bittar quem dá a notícia a seus interlocutores de que vai buscar o apoio de Bocalom até a última hora por entender que o prefeito é peça importante para o processo político em execução no Acre de agora e para o futuro.

Nos últimos dias o senador almoçou com secretários e assessores próximos a Bocalom pelos quais mandou o recado sobre o interesse em atrair Bocalom e de registrar sua importância para o atual projeto político em execução no Acre. Os homens de Bocalom, no entanto, não disseram como o prefeito recebeu as propostas e os convites.

É que o prefeito e o governador têm rusgas que vêm de longe. Primeiro porque, em 2018, Tião Bocalom não apoiou Gladson Cameli para governador, preferindo apostar na candidatura do coronel Ulysses Araújo para o Governo, que era filiado ao PSL, então partidário do então candidato Jair Bolsonaro.

Naquela eleição, embora bem votado, Bocalom acabou ficando de fora da eleição, ficando na suplência e, no Governo de Gladson Cameli, apesar das críticas feitas ao governador durante a campanha, acabou assumindo cargo no primeiro escalão, como presidente da Emater Acre, uma empresa da área agrícola do governo. Enquanto isso, Ulysses Araújo, que ficou em terceiro lugar na disputa pelo Governo, aderiu ao governo de Gladson Cameli e é hoje um de seus principais aliados na área da segurança publica e deve ser candidato a deputado federal na chapa dos partidos que apoiam a reeleição do governador.

Nas eleições de 2020, para prefeito, mesmo já filiado ao PP, mesmo partido do governador, Bocalom não obteve o apoio de Gladson Cameli, que preferiu apostar no nome e na reeleição da então prefeita Socorro Neri. Bocalom foi apoiado integralmente então pelo senador Sérgio Petecão (PSD), já caminhando para se tornar adversário de Gladson Cameli, o qual conseguiu, inclusive, emplacar sua esposa, Marfisa Galvão, como candidata vice-prefeita na chapa que venceria aquela eleição.

As relações de Bocalom e Gladson Cameli, que nunca foram boas, entornaram o caldo em março deste ano, durante uma visita do presidente Jair Bolsonaro a Rio Branco, quando os dois bateram boca publicamente durante a visita presidencial. Bocalom reclamou que estava sendo vaiado, a cada vez que seu nome era citado na solenidade, por integrantes de cargos comissionados nomeados por Gladson Cameli, insinuando que era o governador que os mandava fazer isso. Gladson, que havia deixado de discursar, voltou ao mirofone e, com ar indignado, negou que orientasse os vaiadores e disse que o prefeito deveria trabalhar, tapando os buracos da cidade.

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Em restaurantes da cidade, o senador licenciado Márcio Bittar tem conversado com secretários e assessores do prefeito da Capital e mandado recados de que eventuais rusgas entre Tião Bocalom e Gladson Cameli precisam ser aparadas em nome de um projeto maior e de futuro.

“Não vejo razões para que assessores e pessoas próximas ao Gladson Cameli e de Tião Bocalom troquem farpas. Temos os mesmos sonhos e projetos para fazer de Rio Branco e do Acre lugares prósperos e que dêem satisfação de viver às nossas populações, com cidadania plena através de obras que vamos executar, principalmente na Capital”, disse Márcio Bittar.

O senador citou os viadutos que devem ser construídos na cidade, assim como outras obras que têm sua ajuda na liberação dos recursos como relator do orçamento federal em execução no país.

“Penso que o Boclaom tem tudo para fazer a melhor administração da história da cidade porque ele tem experiência, coragem de trabalhar e compromisso com a cidadania. Se tiver o apoio do governador num eventual segundo mandato, o que ele vem tendo mesmo com essas arestas mas que pode ser algo muito maior com esses problemas superados, teremos uma Rio Branco com obras estruturais e uma administração histórica e com a marca de Bocalom”, disse Márcio Bittar.

O prefeito, no entanto, tem dito que, em agradecimento ao apoio recebido pelo senador Sérgio Petecão nas eleições para Prefeitura, vai retribuir apoiando sua candidatura ao Governo, pelo PSD. “Penso que a solução do problema da candidatura da senadora Mailza Gomes, que é aliada de Boclaom, como candidata à reeleição com o apoio do Gladson, levaria o bom Tião Bocalom a rever essa posição”, disse Bittar.

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