Uma ponte localizada dentro do parque florestal Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia, foi incendiada por criminosos na noite desta segunda-feira (5) — assista acima.
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O incêndio aconteceu horas depois de uma guarnição da Polícia Ambiental e fiscais serem atacados a tiros por homens encapuzados que estavam na reserva e tentaram impedir uma ação de fiscalização.
Imagens enviadas para a Rede Amazônica mostram as chamas consumindo a ponte de madeira. Em um vídeo, um morador afirma que havia ido a uma estrada do parque Guajará-Mirim para buscar um amigo e se deparou com o incêndio.
“Agora não passa mais nada. Queimou tudo. Vim buscar um amigo meu que está ali, pois não dava de passar com o carro”, narra o homem no vídeo.
Na segunda-feira, fiscais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e policiais ambientais foram novamente atacados a tiros enquanto fiscalizavam o Parque Guajará-Mirim.
Os disparos foram efetuados por um grupo de cerca de oito homens, que gritavam palavras de afronta contra o comboio de fiscalização. Ao atirarem contra a guarnição, a Polícia Ambiental reagiu com tiro de fuzil e os agentes da Sedam se esconderam atrás da viatura.
Ninguém foi preso pelo ataque ao comboio, pois os suspeitos fugiram. A polícia acredita que esses mesmos invasores da reserva tenham incendiado a ponte de madeira que fica em uma estrada dentro da reserva.
Histórico de ataques
O Parque Guajará-Mirim tem um histórico de invasões e ataques contra fiscais e policiais. Em maio de 2020, agentes da Sedam também foram alvos de uma emboscada feita por mais de 50 pessoas encapuzadas.
Na ocasião, um servidor foi baleado durante um confronto contra os invasores. A troca de tiros durou aproximadamente 15 minutos e o servidor foi baleado no antebraço.
Já em fevereiro deste ano, policiais militares também foram recebidos a tiros durante patrulhamento no Parque Estadual Guajará-Mirim.
Os ataques contra fiscais se tornaram tão frequentes que, no fim de 2021, conselheiros do Parque Estadual Guajará-Mirim pediram que o governo de Rondônia proteja os servidores que atuam no combate de invasões de terra na unidade.
Segundo uma carta feita na época, e enviada ao estado, a ocupação ilegal é uma das principais causas do desmatamento no Parque.