“Ela aparece no céu um pouco maior do que habitualmente e um pouco mais brilhante. Em locais muito escuros, dá para perceber um aumento de brilho.”
Uma sugestão em todo o Brasil é fazer a observação logo após a Lua surgir, aproximadamente às 17h45, e tentar um local com horizontes mais amplos.
“Para que você tenha elementos para comparar o tamanho, como uma árvore, um prédio, uma montanha. Envolve um fenômeno de ilusão de ótica”, diz o astrofísico. Nosso cérebro percebe a Lua desta forma quando o satélite é observado nessas condições.
O nome Lua dos Cervos está relacionado à época em que a galhada desses animais volta a crescer e faz parte da tradição da tribo indígena Algonquin, do nordeste do Canadá.
Ela também é chamada no Hemisfério Norte de Lua de Trovão por causa da associação com as pancadas de chuva do verão nessa parte do mundo, afirma Barbosa.
“Superlua” não é um termo oficial da astronomia, que se refere a este fenômeno como “lua cheia perigeana”.
O nome “superlua” foi criado em 1979 pelo astrólogo americano Richard Noole para designar “uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega ou está perto (pelo menos 90%) de sua maior proximidade da Terra”.
No entanto, o termo se popularizou como uma referência a quando a Lua está cheia nesta posição.
Conforme explica a Nasa, isso ocorre porque o satélite orbita a Terra em uma trajetória elíptica a cada 27,3 dias. Assim, ela se aproxima e se afasta do nosso planeta conforme percorre esse caminho.
Maio teve eclipse e lua de sangue
Pouco depois da 0h30 de 16 de maio, no horário de Brasília, a Terra orbitou exatamente entre o Sol e a Lua por alguns minutos.
A Lua ficou eclipsada pela Terra e adquiriu temporariamente uma cor vermelha escura profunda.
Isso acontece porque a luz solar é projetada através da atmosfera da Terra para a superfície sombreada da Lua.
No Brasil e nos Estados Unidos, onde houve céu limpo, o espetáculo foi plenamente apreciado. Na Europa, o fenômeno só foi visível por um curto período de tempo.
“Se você fosse um astronauta na Lua, olhando para a Terra, veria um anel vermelho se expandindo ao redor do nosso planeta”, disse Gregory Brown, astrônomo do Observatório Real de Greenwich, em Londres, em entrevista à BBC.