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Varíola dos macacos: OMS recomenda reduzir número de parceiros sexuais

Por METRÓPOLES

OMS/Zoom

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que os homens que fazem sexo com homens diminuam o número de parceiros sexuais e reconsiderem relações com novos parceiros para reduzir a transmissão da varíola dos macacos.

“A melhor maneira de fazer isso (interromper a transmissão) é reduzir o risco de exposição. Isso significa fazer escolhas seguras para você e para os outros”, disse Tedros durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (27/7).

O conselheiro da OMS em programas sobre o HIV, Andy Seale, afirmou que a varíola dos macacos já é considerada uma doença sexualmente transmissível, mas ainda não está classificada formalmente como tal. “No caso da varíola dos macacos, não podemos simplesmente recomendar o uso da camisinha porque envolve o contato de pele com a ferida também. Por isso estamos recomendando redução do contato próximo”, informou Seale.

Casos globais

Aproximadamente 18 mil casos de varíola dos macacos foram reportados em 78 países desde que o primeiro paciente foi identificado no Reino Unido, em maio deste ano. Mais de 70% dos casos ocorreram na Europa e 25%, nas Américas. O Brasil tem 813 casos confirmados, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

Cerca de 10% dos registros globais de varíola dos macacos foram encaminhados para hospitais para tratamento dos sintomas e, até aqui, ocorreram cinco mortes em decorrência da doença. Os números fizeram com a OMS elevasse o nível de alerta da doença no último sábado (23/7).

De acordo com a OMS, 98% dos casos notificados até agora são de homens que fazem sexo com homens. Durante coletiva de imprensa, os diretores da resposta à doença lembraram que qualquer pessoa exposta ao vírus hMPXV – causador da varíola dos macacos – pode pegar a doença pelo contato próximo, com abraços e compartilhamento de objetos.

“Este é um surto que pode ser interrompido se os países, comunidades e indivíduos se informarem, levarem os riscos a sério e tomarem as medidas necessárias para interromper a transmissão e proteger os grupos vulneráveis”, disse Tedros.

Para reduzir o risco de contaminação, a OMS sugere:

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