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Acre não tem virada do 1º turno para o 2º desde a redemocratização do país

Por REDAÇÃO CONTILNET

Foto: reprodução

A presença de vários pré-candidatos anunciados para o Governo tem sido motivo de muitos bate-papos entre amigos, muitos deles fervorosos. Porque além de serem vários, os postulantes à vaga de governador do Acre também são considerados fortes.

Vale lembrar que o Acre não tem uma virada nas eleições desde a redemocratização do Brasil. E o que seria essa virada? Quando vence no final o candidato que terminou em 2º lugar na 1ª parte do pleito.

Segundo pesquisa do Poder360, de 1990 a 2018, as eleições para os governos estaduais tiveram 108 disputas de 2º turno. Dessas, 31 tiveram viradas de posições. “A ocorrência dessas viradas é pouco superior a uma em cada quatro vezes (28,7%). Quando a distância percentual entre os dois candidatos foi superior a 10 pontos no 1º turno, só cinco reviravoltas foram registradas, ou seja, menos de 5% dos casos”, diz levantamento.

Os dados são uma compilação de todos os resultados eleitorais para os Executivos dos 26 Estados e do Distrito Federal no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desde a redemocratização.

Vale lembrar que nas eleições majoritárias brasileiras para os governos e para a Presidência da República, o 2º turno é realizado quando um candidato não recebe 50% + 1 dos votos válidos na 1ª rodada de votação.

De acordo com o Poder360, “as maiores viradas da história recente para os governos estaduais se deram em São Paulo e Minas Gerais. A recuperação mais expressiva em votos absolutos foi registrada na disputa pelo governo paulista de 1990. Na ocasião, Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) terminou o 1º turno atrás do ex-governador Paulo Maluf, então no PDS, por uma diferença superior a 2 milhões de votos. No final, Fleury Filho reverteu a vantagem e foi eleito com margem de 500 mil votos (7,3 milhões a 6,8 milhões)”, resgata.

“Depois de 4 anos, dessa vez em Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB) fechou a 1ª rodada a 21,1 pontos percentuais de Hélio Costa (PP), que ficou próximo de ser eleito sem a necessidade de um 2º turno (27,2% a 48,3%, respectivamente). No confronto direto entre os 2, contudo, Azeredo acrescentou 2,7 milhões de votos na urna, enquanto Costa teve pouco menos de 200 mil extras. O resultado foi uma vantagem de 17,3 p.p. (58,6% a 41,3%) para o tucano. Essa é a maior recuperação em termos percentuais entre turnos até hoje”, disse a pesquisa.

A publicação relembrar ainda que a eleição com mais viradas foi a de 1994. “Na ocasião, 18 Estados levaram o pleito ao 2º turno e 6 elegeram governadores que fecharam a 1ª rodada em 2º lugar. As viradas foram mais comuns em Santa Catarina (1994, 2002 e 2018) e no Pará (1994, 2006 e 2014). Já Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe não presenciaram o fenômeno desde a redemocratização”, finaliza.

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