Ameba ‘comedora de cérebros’ é confirmada como causa da morte de menino de 8 anos

Autoridades de saúde do estado do Nebraska confirmaram que um garoto americano de 8 anos morreu em decorrência de uma infecção causada por raro tipo de ameba, conhecida como ‘comedora de cérebros’. É a primeira morte do tipo registrada no estado e a segunda a ocorrer no Meio Oeste americano neste verão.

Easton Scott Gray ficou doente após nadar no rio Elkhom, no último domingo. Ao longo da semana, ele adoeceu e acabou morrendo nesta quarta-feira. No dia seguinte, autoridades de saúde de Nebraska comunicaram a população sobre a suspeita.

— Podemos apenas imaginar a devastação que esta família deve estar sentindo, e nossas mais profundas condolências estão com eles. Podemos honrar a memória dessa criança nos educando sobre o risco e, em seguida, tomando medidas para prevenir a infecção. — disse a médica Lindsay Huse, diretora da secretaria de Saúde do condado de Douglas.

Segundo o Centro de Controle de Doenças dos EUA, apenas quatro em 154 casos da doença registrados no país não resultaram em morte.

A ameba, chamada de Naegleria fowleri, está presente em pequenas concentrações na maioria dos cursos d´ água, entretanto, quando esse líquido é aquecido, ela pode se proliferar em grandes quantidades e se tornar um risco – isso pode acontecer particularmente no verão. Ela infecta as pessoas quando a água sobe pelo nariz e ataca o nervo olfativo percorrendo uma curta distância até chegar ao cérebro onde se alimenta dos tecidos cerebrais. Ainda não há casos conhecidos de transmissão entre humanos.

Os primeiros sintomas são geralmente dor de cabeça, febre, náuseas, vômitos e rigidez no pescoço. Entretanto, nos estágios posteriores, que evoluem em dias, podem progredir para convulsões, alucinações e um estado mental alterado.

Encontrado apenas no Sul dos Estados Unidos, médicos temem que a ameba esteja avançando para o norte devido ao aquecimento global. Especialistas estão pedindo aos americanos que estejam cientes da ameba que se esconde nos cursos d’água de todo o país e afirmam que o aquecimento global e das piscinas estagnadas tornam um risco para a saúde das pessoas.

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