Amigo de Marina Silva lança pré-candidatura ao Governo do AC: “Se ninguém tem coragem, eu vou”

O vazio de uma candidatura a governador no campo dos partidos de esquerda trouxe de volta ao gargarejo do palco da política acreana um personagem por demais conhecido, o jornalista e cronista Antônio Alves, o “Toinho”. O vazio de uma candidatura esquerdista ao Governo do Estado passou a se configurar a partir do instante em que o deputado estadual Jenilson Leite, do PSB, retirou a pré-candidatura governamental, deslocando-se para o Senado, diante da dúvida do ex-governador e ex-senador Jorge Viana, do PT, em disputar qualquer uma das vagas, se o Governo ou o Senado. 

Como Viana definiu-se pelo Senado e Jenilson Leite já anunciou que não volta a disputar o Governo,  os partidos que compõem a Federação Partidária formada pelo PT, PSB, PV e PCdoB ficaram órfãos de um candidato competitivo ao Governo do Estado. Se é competitivo ou não, Toinho Alves se apresentou, pelo menos na internet. “Se ninguém tem coragem, eu vou”, apresentou-se. 

Mas há problemas em relação ao próprio Toinho. Amigo pessoal e conselheiro da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, que deverá ser candidata a deputada federal por São Paulo, o jornalista é filiado ao Rede Sustentabilidade, Partido fundado pela política acreana e seus seguidores em todo o país. O problema é que o Rede Sustentabilidade no Acre montou uma Federação Partidária com o PSOL, que tem como candidato ao governo professor Nilson Euclides e o advogado Sanderson Moura ao Senado. 

Aliás, a Federação Partidária encabeçada pelo PSOL foi a primeira no país a registrar as candidaturas de seus majoritários. Por isso, a direção da Federação recebeu o anúncio da possível candidatura de Toinho Alves com estranheza. O presidente do PSOL e da Federação com o Rede, professor Waldir França, que é candidato a deputado estadual, evitou fazer críticas a Toinho Alves mas disse que, na falta de um candidato no campo da esquerda, a alternativa é Nilson Euclides. 

“O que chama a atenção é que esses Partidos da esquerda tradicional, que ficaram 20 anos no poder, não tiveram a capacidade de construirem uma candidatura de esquerda para enfrentar os Partidos tradicionais. Esperamos que o eleitor inclinado a votar no PT ou no PSB, na falta de candidatos desses partidos tradicionais de esquerda, se lembrem que temos o PSOL como uma alternativa de esquerda”, disse França.

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