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De Galera Capricho a jornalista: conheça a trajetória da acreana que atua com celebridades na CNN

Por KATIÚSCIA MIRANDA, DO CONTILNET

Isabela ao centro, com Mari Palma e Phelipe Siani na CNN. Foto: cedida

O Acre existe e existe tanto que tem exportado talento para o Brasil e o mundo todo. A jovem acreana Isabela Gadelha, de apenas 26 anos, tem se destacado na equipe de jornalismo da CNN, representando a geração Z no Em Alta CNN, com a Mari Palma e Phelipe Siani, veteranos na emissora de São Paulo.

A trajetória de Isabela já é de gente grande, principalmente porque ela começou sem medo de sonhar alto. “Eu saí do Acre em 2014, com 17 anos, pra começar a estudar jornalismo na Universidade Católica de Brasília. Em 2015 me transferi pra São Paulo, porque era onde eu realmente queria estudar e trabalhar”, disse com convicção e tranquilidade.

Foto: cedida

Mas a decisão de ser jornalista começou com 15 anos, quando Isabela vivenciou a experiência de ser Galera Capricho da famosa publicação da editora Abril: a revista Capricho.

Olha a Isabela na fila da frente, no canto esquerdo com a Galera Capricho. Foto: cedida

“Eles escolhiam 35 meninas pra colaborar na revista, aí a gente escrevia resenhas na revista e fazia matérias no site. Quando eu conheci a redação da revista, em São Paulo, decidi que essa era a minha vocação. Meu sonho era trabalhar lá, mas acabou que nunca trabalhei em revista. Mas tô bem feliz onde estou agora”, contou Isabela.

Galera Capricho. Foto: cedida

Além de experiências de estágio, o currículo da prodígio já conta com experiências na Disney, na Band e na CNN Brasil. “Na Band eu comecei no hard news [notícias pesadas] em um projeto com o Google News Initiative, em que faríamos jornalismo pensando em um público mais jovem. Eu fazia roteiro pra vídeos do YouTube e também fui redatora de um boletim jornalístico chamado #Informei, que não existe mais”.

Ainda na Band, depois de seis meses, Isabela enveredou para o entretenimento e atuou como social media do Pesadelo na Cozinha com o Jacquin. “Foi bem legal, porque eu não conhecia nada do programa e acabei amando de verdade assistir tudo, ver os bastidores, conhecer o Jacquin, que é um amor, e interagir com o público”, lembra Isabela.

Com Jacquin do Pesadelo na Cozinha da Band. Foto: reprodução/instagram

Mas foi aí que surgiu a oportunidade de trabalhar na CNN Brasil Soft, que é uma marca da CNN Brasil de conteúdos que não são notícias hard news, como explicou Isabela (publicação acima é do primeiro dia dela na CNN). “Minha atual chefe, que conheci na Band, achou minha cara porque tinha programas de cultura pop e me chamou”.

“Uma coisa que eu amo na CNN é que eles incentivam minhas loucuras. No caso, agora tenho um quadro de cultura pop sul-coreana. Se chama K-Tudo CNN Soft e são vídeos sobre k-pop, k-dramas, etc. Eu entrevisto idols de k-pop e tudo o mais. Começou vai fazer dois meses, mas tem tido um resultado super legal”, destaca.

Confira um dia de gravação na CNN:

E o Acre, onde fica?

São experiências profissionais marcantes, mas o que todos devem estar se perguntando: onde fica o Acre na vida de Isabela? E claro que ContilNet perguntou. Resposta rápida: no coração! Os pais ainda moram aqui no estado, mas sempre viajam para São Paulo para manter a família unida.

Isabela vem pouco ao Acre, mas sempre que pode viaja para tomar aquele tacacá que só tem por aqui. Inclusive, vale conferir o resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Isabela, um documentário sobre o Acre:

“Meu grupo de amigos do Acre é o mesmo desde a escola e a gente tenta se reunir sempre que dá. Esse ano, eles vieram para São Paulo comemorar meu aniversário”, disse Isabela.

Com amigos do Acre. Foto: arquivo pessoal

“Como tenho família e melhores amigos daí, o Acre tá sempre vivo em mim. Descobrir que a galera aqui nem sabe o que é tucupi me fez ter mais saudade de tomar tacacá com frequência. Eu nem comia muita baixaria e hoje gosto mais do que quando morava aí”, revelou.

Com amigos do Acre. Foto: arquivo pessoal

Um dos últimos pontos da conversa que ContilNet teve com a jornalista, tocou num ponto sensível. “Sair do Acre me fez ter mais raízes acreanas de alguma forma. Especialmente sendo jornalista aqui e vendo que o Acre só vira notícia nacional se for tragédia, me incomoda muito. O nosso estado é muito mais que isso”, finalizou.

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