A esposa do goleiro Bruno Fernandes, Ingrid Calheiros, publicou um vídeo nas redes sociais na noite deste domingo (14) pedindo doações em uma vaquinha online para que o ex-atleta pague pensão alimentícia ao seu filho.
Na quinta-feira, a 17ª Câmara Cível do Rio de Janeiro pediu a prisão do ex-goleiro pelo atraso no pagamento da pensão alimentícia de seu filho com Eliza Samudio. A avó Sônia Moura, que cria o filho de Bruno desde o assassinato de Eliza, afirmou que Bruno parou de pagar a pensão.
“Boa noite, pessoal. Meu nome é Ingrid, sou esposa do Bruno. Na semana passada fomos intimados a pagar uma pensão de R$ 90 mil. Sendo que tentamos acordo, tentamos plano de pagamento, tentamos um parcelamento, e nada foi aceito. Lembrando que o Bruno é obrigado a pagar pensão, mas ele é impedido de trabalhar. Ficou preso por quase 10 anos. Ninguém acredita que ele não tem mais dinheiro, ninguém acredita que ele perdeu tudo para os advogados, ninguém acredita que ele não tem mais nenhum tipo de bens ou renda”, diz a esposa do goleiro.
“Então resolvi criar uma vaquinha online, talvez seja impulso, talvez seja um erro. Mas é uma tentativa. Nós não temos esse dinheiro e eu não sei o que fazer. Tenho uma filha que depende muito do pai, ela só tem 4 aninhos. Bruno tem mais duas filhas, que dependem dele”, continua Ingrid Calheiros, que pede ajuda aos fãs de Bruno e divulgou um link da vaquinha online.
Condenado a 23 anos de prisão pelo assassinato de Eliza, o ex-goleiro de Atlético e Flamengo teria proposto um acordo no qual pagaria R$ 30 mil à vista e R$ 60 mil parcelados em 12 vezes. A desembargadora Márcia Ferreira negou o pedido e o mandado de prisão foi expedido pela juíza Luciana de Mello.
Em julho de 2019, Bruno Fernandes conseguiu uma progressão de pena para o regime semiaberto pelo assassinato de Eliza Samudio.
Assassinato de Eliza
Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e sequestro do filho Bruninho.
A Justiça determinou que ele cumprisse 17 anos e seis meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e sem defesa da vítima. Outros três anos e três meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado, além de mais um ano e seis meses por ocultação de cadáver.
A Justiça considerou Bruno como mandante do crime. Os investigadores apontaram que o assassinato de Eliza, amante do então goleiro do Flamengo, aconteceu em 10 de junho de 2010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de BH, após ela ser sido trazida a força do Rio de Janeiro e mantida em cárcere privado em um sítio de Bruno, em Esmeraldas.
O corpo de Eliza nunca foi encontrado.