Os Estados Unidos fizeram uma operação militar em Cabul, no Afeganistão, no domingo (31), e mataram o líder Ayman al-Zawahiri, um dos fundadores da Al-Qaeda. Não há vítimas civis, de acordo com dirigentes do governo americano que pediram para não serem identificados.
Al Zawahiri sucedeu Osama bin Laden em 2011, após a morte do antigo líder por soldados dos EUA no Paquistão.
O egípcio Zawahiri era um médico e cirurgião de formação. Ele é apontado como um dos responsáveis pela formação ideológica, as táticas e habilidades organizacionais da al-Qaeda. Ele também é tido como o líder por trás do uso dos primeiros atentados suicidas e células independentes que se tornaram uma marca da rede.
Ele ajudou a coordenar os ataques de 11 de Setembro de 2001, nos EUA, em que quatro aeronaves civis foram sequestradas.
A Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) foi a responsável pelo ataque.
EUA no Afeganistão
Há quase um ano as forças dos EUA deixaram o Afeganistão. Isso permitiu que os talibãs retomasse o controle do país, após 20 anos afastados do poder.
Em um comunicado, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, confirmou que houve um ataque no domingo e fez críticas à operação, que classificou como uma violação aos “princípios internacionais”.
Se a morte for confirmada, o Talibã passa a ser suspeito de dar abrigo a Zawahiri.
Em julho, os EUA anunciaram a morte do líder do grupo Estado Islâmico na Síria, Maher al Agal, em um ataque com drones. A operação “enfraqueceu consideravelmente a capacidade” da organização “para preparar, financiar e realizar operações na região”, afirmou na ocasião um porta-voz militar americano.
Pronunciamento de Biden
O presidente Joe Biden vai fazer um pronunciamento nesta segunda-feira (1º).
Biden planejava falar da varanda da Sala Azul da Casa Branca enquanto permanece isolado na residência enquanto continua testando positivo para Covid-19.