Os crimes cibernéticos, cometidos por criminosos com uso da tecnologia e das redes sociais da inetrnet, definitivamente chegaram ao Acre. Na quinta-feira (25), em Cruzeiro do Sul, interior do Estado, a Polícia Civil, com ajuda da Federal, desvendou um caso desses em que homens eram chantageados após se renderem à sedução de uma pessoa que se passava por mulher nas redes sociais.
O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e os policiais então desvendaram uma trama envolvendo uma pessoa que se passava por uma mulher de Rio Branco e vários homens como vítimas em Cruzeiro do Sul. De acordo com as investigações, homens de outros municípios do Estado também caíram no golpe. Até o momento, pelo menos nove homens foram identificados como vítimas.
O golpe consistia no seguinte: a pessoa que se apresentava como mulher, com foto e o nome de “Tailane Guedes”, solicitava amizade pelas redes sociais. Com a amizade aceita, “ela” iniciava o que, em situação normal seria uma paquera virtual, quando passava então a pedir fotos e vídeos íntimos de suas futuras vítimas.
Alguns das vítimas enviaram nudes e vídeos com teor sexual explícito. A partir daí, um homem entrava em contato com as vítimas e dizia ter tido contato com as suas imagens pelo aplicativo Telegram ou Instagram e que, a partir dali, passava a exigir relações sexuais com os envolvidos sob pena de os conteúdos enviados anteriormente serem explicitados.
O caso só foi descoberto quando uma das vítimas procurou a polícia. O rapaz disse que um conhecido tinha encontrado fotos íntimas suas na internet e queria sexo em troca de não difundi-las.
A Polícia Civil descobriu que a tal namorada virtual chamada Tailane, que moraria em Rio Branco com perfil que engloba mais de 1.400 seguidores, e o homem que os procurava com os arquivos, na realidade, eram a mesma pessoa – ou seja, era uma se valendo do golpe conhecido como “catfish”.
O crime foi descoberto pela Polícia Civil, que localizou o golpista. Preso, o homem confessou o crime. O investigado foi qualificado, interrogado, reconhecido e a investigação prossegue em andamento.