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Pimenta no Reino: Jorge e Marcus vão para o ‘sacrifício’ nas eleições deste ano

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Foto: ascom

Sacrifício

Na política, se diz que alguém vai para o ‘sacrifício’ quando deixa de disputar um cargo que teria uma eleição relativamente confortável, para disputar outro que dificilmente se elegeria. Isso acontece por conta de uma nova conjuntura política que se desenha e/ou de uma necessidade partidária.

PT

Aqui no Acre, pode-se dizer que os petistas Jorge Viana e Marcus Alexandre vão para o ‘sacrifício’ nas eleições deste ano. Jorge Viana tinha uma eleição encaminhada para o Senado, aparecendo em absolutamente todas as pesquisas eleitorais até agora como o primeiro colocado, já Marcus Alexandre tinha tudo pra ser um dos mais votadas para a Aleac, inclusive podendo ajudar a chapa da Federação Brasil Esperança (PT, PCdoB e PV) a eleger mais deputados do que esperavam.

180°

Mas o que mudou nas hostes petistas para essa guinada em 180° nas candidaturas? O discurso externo é de “chamado do povo”. O interno, só os caciques tem a resposta. O certo mesmo é que independente do real motivo dessa mudança de rumo, JV e Marcus fizeram um gesto em tanto em deixar suas eleições praticamente garantidas para disputar o Governo contra um Gladson Cameli (PP) ainda forte e gerindo a máquina pública.

UP

Enquando Jorge Viana e Marcus Alexandre encabeçam a chapa para o Governo, quem fecha a chapa majoritária da Federação é a ex-vice-governadora Nazareth Araújo (PT), na disputa pelo Senado. Nazareth, que disputava uma vaga de deputada federal em uma candidatura coletiva, não tinha pela frente uma eleição tão ‘tranquila’ quanto a de seus companheiros de chapa. A ida para o Senado foi um UP.

Nazareth

Por falar em Nazareth, além de ex-vice-governadora (durante o segundo mandato do Tião Viana) ela é também ex-procuradora-geral do estado e filha do primeiro governador eleito do Acre, José Augusto de Araújo. Mulher forte, Nazareth é também de uma gentileza que impressiona. É um dos quadros mais qualificados do PT acreano.

Registros

Novos pré-candidatos já fizeram seus registros no TSE. Até a manhã desta quarta (10), já se registraram na disputa pelo Governo: David Hall (Agir), Petecão (PSD), Professor Nilson (Psol), Gladson Cameli (PP) e Jorge Viana (PT), estes dois últimos efetuaram o registro ontem.

Senado

Uma curiosidade na página de divulgação de candidaturas e contas do TSE, é que para o Senado, permanecem registrados apenas Dimas Sandas (Agir), Dra. Vanda Milani (Pros) e Sanderson Moura (Psol). Nem Nazateh Araujo (PT) e nem Ney Amorim (Podemos) ainda se registraram. Como o prazo de registro é até dia 15 de agosto, pode ser que ainda haja mudanças. Será?

Boca

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), já havia declarado aos quatros cantos que seus candidatos para as eleições deste ano eram Petecão para o Governo e Mailza para o Senado. Com a ida de Mailza para a vice de Gladson, especulou-se que o prefeito podeira mudar de palanque para o Governo, o que não aconteceu. De palavra, Bocalom manteve seu apoio a Petecão para o Governo, mas com a vaga de Senado em aberto para ter o seu apoio, ele foi até Brasília e fechou com Marcia Bittar (PL), que vem candidata a uma vaga na Casa Alta do Congresso Nacional na chapa do MDB, que tem Mara Rocha como candidata ao Governo. Boca não quer conversa mesmo com o palanque de Gladson.

Justificou

Segundo Bocalom, o motivo para apoiar Márcia é em reconhecimento ao trabalho que o senador licenciado e pré-candidato ao Governo do Acre, Marcio Bittar, fez por Rio Branco, trazendo investimentos públicos para a administração municipal.

Família

O deputado estadual pelo PT, Jonas Lima, que já havia dito em outras oportunidades que não seria candidato à reeleição, não deve vir mesmo para a disputa deste ano. Mas mesmo sem disputar o pleito, já declarou seu apoio aos seus correligionários petistas que vão para a disputa majoritária: JV, Marcus Alexandre e Nazareth. Já seu irmão, o também petista e prefeito de Mâncio Lima, Isaac Lima, vai apoiar à reeleição do governador Gladson Cameli. Cada um de um lado da disputa.

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