Cronologia
Ainda no ano passado, o deputado estadual Jenilson Leite (PSB) decidiu que estava na hora de alçar voos mais altos na sua carreira política e decidiu, junto com o PSB, que seria candidato ao Governo do Acre. De lá pra cá, depois de muitos encontros e desencontros, o médico infectologista mudou o rumo da candidatura praticamente aos 45 minutos do segundo tempo e bateu o martelo na disputa pelo Senado.
Aliança
Ao longo do processo pré-eleitoral, que envolve muitas conversas e acordos para a montagem das chapas, o deputado socialista foi procurado diversas vezes pelo senador e pré-candidato ao Governo, Sérgio Petecão (PSD), para que compusesse sua chapa. O problema é que com Petecão, Jenilson só poderia disputar o cargo de vice ou senador, já que a cabeça da chapa era inegociável. As conversas travaram e o senador resolveu tocar sua vida e sua campanha sem esperar Jenilson. Resultado: Petecão foi o primeiro candidato a montar e apresentar a chapa completa.
PT
As negociações entre PSB e PT foram as que mais se arrastaram e que mais consumiram energia do deputado. Foram tantas idas e vindas que fica até difícil colocar tudo em apenas uma coluna. Vou tentar resumir.
Cena 1
A primeira cena desse filme, foi a mais demorada. Enquanto Jenilson se apresentava para o Governo, a maior liderança da esquerda do Acre, o ex-senador Jorge Viana (PT), só dizia que vinha para a disputa majoritária. Arrastou até o último dia possível a sua decisão, que findou sendo o Governo. Essa ‘indecisão’ de Jorge e do PT foi o principal fator desestabilizador da pré-campanha de Jenilson, que queria botar o bloco na rua, mas dependia de uma resposta do PT para saber o espaço que lhe cabia nesse pleito.
Cena 2
Esperançoso em fechar com o PT e repetir a aliança nacional entre os partidos, que tem Lula (PT) na disputa pela Presidência e Alckmin (PSB) na vice, Jenilson ficou engessado. Topou até disputar o Senado caso Jorge quisesse disputar o Governo. Essa aliança foi e voltou mais do que couro de joelho.
Cena 3
As cenas finais aconteceram dias antes do fim do prazo das convenções. Primeiro, uma reunião entre as cúpulas de PT e PSB selou a aliança entre os partidos, mesmo sem revelar o que cada um disputaria. Com direito até a afagos públicos. Poucos dias depois dessa reunião, Jenilson cansou de esperar pelo PT e disse que em uma avaliação interna com o partido, iria disputar o Senado. E esse foi o ponto final de uma aliança que já nasceu morta.
Decisão
No fim das contas, depois de tanto esperar pelo PT, Jenilson viu o partido decidir que Jorge disputaria o Governo com Marcus Alexandre de vice. A vaga para o Senado, que ele decidiu disputar e foi o principal motivo do rompimento definitivo, acabou nas mãos da ex-vice-governadora Nazareth Araújo. Deve ter passado um filme na cabeça de Jenilson.
MDB
Um outro personagem importante ainda surgiu no meio dessa história já nos acréscimos: o MDB. O presidente do partido no Acre, o deputado federal Flaviano Melo, fez o convite para que Jenilson integrasse a chapa deles, disputando o Senado. A oportunidade surgiu porque a então pré-candidata do partido ao Senado, a deputada federal Jéssica Sales, desistiu da disputa para cuidar da saúde. No entanto, a negociação não avançou por resistência do grupo da pré-candidata do MDB ao Governo, a deputada federal Mara Rocha.
Animado
Apesar de tanto vai e vem e de tantas negociações frustradas, o deputado Jenilson Leite bateu o martelo pela candidatura ao Senado, na convenção do PSB, realizada no último dia 5 de agosto, prazo final das escolhas das candidaturas pelos partidos. À coluna, o pré-candidato ao Senado disse que está animado. “Estamos animados e andando muito, temos visto nossa candidatura ser bem aceita. Estamos conversando com diversos segmentos da economia, movimentos sociais, do esporte, indígenas e muitos outros”, disse.
Registrado
Inclusive, Jenilson registou sua candidatura no TSE nesta sexta-feira (12). Além dele, já aparecem registrados Vanda Milani (Pros), Sanderson Moura (Psol), Dimas Sandas (Agir), Marcia Bittar (PL) e Nazareth Araújo (PT).
Agenda
Neste final de semana o candidato vai cumprir agendas nos municípios de Feijó, onde participa do Festival do Açaí, e em Tarauacá e Cruzeiro do Sul, onde cumpre agendas com o seu primeiro suplente e presidente do PSB, César Messias, liderança muito forte pelas bandas do Juruá.
Monkeypox
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas confirmou nesta sexta (12) que já há transmissão local da varíola dos macacos no Amazonas. Segundo o último boletim epidemiológico do estado, foram registrados 4 novos casos da doença. O alerta da Sesacre precisa estar ligado.