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Pimenta no Reino: para quem vai o voto bolsonarista na disputa pelo Governo do Acre?

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

Sozinho

Há pouquíssimo tempo, o governador Gladson Cameli (PP) reinava absoluto entre o eleitor bolsonarista do Acre. Era do governador e candidato à reeleição praticamente a totalidade do voto bolsonarista do eleitor do estado. Cameli era o único nome aliado ao presidente da República que estava na disputa pelo Governo.

Mudança

A coisa começou a mudar quando a deputada Mara Rocha (MDB) se lançou ao Governo há alguns meses, e no último dia do prazo, o senador Marcio Bittar (UB) também resolveu entrar na disputa. Se o eleitor identificado com o presidente tinha apenas uma opção de voto, agora tem três.

Resultado

O resultado é que a pulverização desse voto pode ser ruim para os três candidatos ao Governo, que brigarão pelo mesmo voto. No entanto, é bom para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que terá três palanques no Acre e três candidatos fortes pedindo votos pra ele.

Senado

Para o Senado, o voto bolsonarista também pode ser dividido em três candidaturas. Alan Rick (UB) e Márcia Bittar (PL) estarão em chapas 100% bolsonaristas, ao lado de Marcio Bittar e Mara Rocha, respectivamente. Já Ney Amorim (Podemos), candidato ao Senado na chapa do bolsonarista Gladson Cameli, nunca expôs publicamente ser um entusiasta do presidente, logo, não é o que pode ser chamado de um candidato bolsonarista. Já na chapa de Petecão (PSD), que não é bolsonarista e nem lulista, a candidata ao Senado é a deputada Vanda Milani (Pros), da base do presidente e portanto na disputa pelo mesmo voto.

Outro lado

Do outro lado, o eleitor lulista tem duas candidaturas ao Governo e três ao Senado para casar o voto. Para o Governo, disputam o voto lulista o ex-senador Jorge Viana (PT) e o Professor Nilson (Psol). Já para o Senado, a disputa do voto é entre Nazareth Araújo (PT), Sanderson Moura (Psol) e Jenilson Leite (PSB).

Clipe

O bonito jingle do candidato ao Governo, Sérgio Petecão (PSD), ganhou também um belíssimo clipe. A obra audiovisual foi lançada ontem, nas redes sociais do senador licenciado e arrancou elogios dos internautas. “Me emocionei”, dizia um dos comentários.

Jingle

Quem também lançou um jingle foi o governador Gladson Cameli. O candidato à reeleição postou a música hoje nas redes sociais e apostou em um funk para ganhar o voto dos eleitores. Na mensagem, Gladson investiu na questão da vacina. “Quando o Acre precisou, ele buscou a vacina”, diz um trecho da música.

Se afastou

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, encaminhou no início desta semana um pedido de afastamento do seu partido, o Progressistas. O afastamento é por 120 dias e o motivo é que Bocalom não deve apoiar os candidatos da sigla ao Governo e vice, Gladson e Mailza, respectivamente. Bocalom já declarou que vai apoiar Petecão para o Governo e Marcia Bittar (PL) para o Senado.

Troco

Há quem diga que o afastamento é um troco que Bocalom está aplicando em Gladson, já que o governador não apoiou seu correligionário, que acabou vitorioso, na disputa pela prefeitura da capital em 2020. Gladson também pediu afastamento na ocasião.

Mailza

Depois de uma ação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral que pede a impugnação do registro da candidatura da senadora Mailza Gomes, vice na chapa de Gladson, por ter sido condenada à suspensão dos direitos políticos, os advogados da sua campanha já trabalham para buscar a elegibilidade da senadora. “Todas as ações legais que comprovem a situação de plena elegibilidade da senadora e candidata a vice-governadora Mailza, estão sendo executados de forma firme e célere”, diz um trecho da nota da Coligação “Avançar Para Fazer Mais”.

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