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Acre é um dos estados que menos investem em inovação e produção científica

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Pixabay

De acordo com o Índice FIEC de Inovação dos Estados, levantamento produzido pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o Acre é um dos estados brasileiros que menos investe em inovação. O indicador, que mede o desempenho das 27 unidades federativas brasileiras frente à busca por inovação colocou o Acre no 23º lugar geral entre os estados da federação, estando entre os cinco estados com os piores resultados no ranking geral. No último levantamento, divulgado no ano passado, o Acre estava em 20º lugar, o que significa que caiu três posição em um ano.

O Acre também está em penúltimo lugar no indicador empreendedorismo, ocupando a 26ª posição, ficando atrás apenas do Maranhão e o 5º entre os sete estados da Região Norte. O indicador reflete a efetividade e o potencial que as startups oferecem para a criação de valor inovativo, utilizando duas variáveis: i) quantidade total de startups; ii) população total do estado. Com isso, obtém-se o indicador pela quantidade per capita de startups existentes. Esse é um dos indicadores que precisam ser relativizados em termos do tamanho populacional, além de ser ponderado pela representatividade da quantidade de startups do estado no país.

A colocação vai de encontro com a posição ocupada pelo Acre no indicativo “Intensidade Tecnológica”:  25º, os setores mais intensivos em tecnologia apresentam maior produtividade e são mais competitivos; ambas as condições são resultantes, dentre outros aspectos, de um maior investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. O indicador utiliza duas variáveis: i) total de vínculos empregatícios em setores de alta e média-alta Intensidade Tecnológica ii) total de vínculos empregatícios. A razão entre a primeira e a segunda variável oferece a proporção de empregos em setores tecnológicos.

Quando se trata de produção científica, o Acre também está em 25ª posição. O indicador considera três variáveis: i) quantidade de artigos publicados em periódicos de áreas tecnológicas; ii) impacto científico das universidades do estado (participação das publicações realizadas pelas universidades do estado entre as 10% mais citadas da mesma área de conhecimento); iii) população total do estado. Dessa forma, ele mensura a quantidade e a qualidade da produção científica, com obtenção do indicador pelo cálculo da média entre os subindicadores.

O Acre é o 20º estado na inserção de mestres e doutores no mercado de trabalho.

O indicador é realizado em conjunto pelo Observatório da Indústria, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O levantamento considera aspectos como competitividade global, intensidade tecnológica, propriedade intelectual, produção científica e empreendedorismo.

O Índice de Capacidades mede quatro aspectos: capital humano, infraestrutura de telecomunicações, investimento público em ciência e tecnologia e a inserção de mestres e doutores na indústria. Já o Índice de Resultados é formado por quatro indicadores: propriedade intelectual, produção científica, competitividade global em setores tecnológicos e intensidade tecnológica da estrutura produtiva.

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