O Acre continua como um dos nove estados brasileiros com o menor índice de pessoas com algum tipo de deficiência física entre a população, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (21).
Os números fazem parte do Plano Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, que aponta um percentual de deficientes de 7,6% a 8% da população acreana.
Em nível nacional, a pesquisa apontou que o país tem 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Em 2019, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 17,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade (8,4% dessa população) tinham alguma das deficiências investigadas, e cerca de 8,5 milhões (24,8%) de idosos estavam nessa condição. O índice não aumentou em 2022.
Em 2019, quando o IBGE fez o último levantamento antes da pandemia, o número era de 64 mil acreanos com dois anos ou mais com algum tipo de deficiência visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Os números revelados agora não apontam aumento do índice e mostram que o Acre está abaixo da média brasileira, a qual é de 8,4% dos habitantes com deficiência – ou seja, 17,3 milhões de pessoas no contingente populacional brasileiro.
Os números locais do IBGE mostram que, do total de acreanos deficientes, 34 mil são do sexo feminino e os outros 30 mil são homens. A pesquisa explica que a diferença é que isso ocorre face à maior expectativa de vida ao nascer das mulheres, na média de 78,3 anos, enquanto os homens ficam com a média de 71,6 anos.
Na pesquisa atual, no entanto, o IBGE mostra que as pessoas com deficiência ocupam um menor espaço no mercado de trabalho quando comparado aos indivíduos sem deficiência. Segundo o estudo, em 2019, a taxa de participação para pessoas com deficiência (28,3%) era menos da metade do que entre as pessoas sem deficiência (66,3%) e esses índices se mantiveram na pesquisa atual. Os dados têm como principal fonte a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, publicada em agosto de 2021. O Acre segue esta tendência.
A taxa de desocupação indica maiores dificuldades para entrar no mercado de trabalho para pessoas com deficiência (10,3%) do que para as pessoas sem deficiência (9,0%). Esse indicador era de 25,9% entre as pessoas com deficiência de 14 a 29 anos de idade e de 18,1% para as pessoas sem deficiência da mesma faixa etária. Para os idosos com deficiência, a desocupação era de 5,1% ante 2,6% para os idosos sem deficiência.