O rival indicava um caminho duro. Mas, ao se perder em falhas, o Brasil abriu o caminho para a queda. Em seu pior jogo no Mundial de vôlei, a seleção feminina até ensaiou uma reação e flertou com o sonho da virada.
O Japão, porém, soube esperar o momento para desbancar o time de José Roberto Guimarães em Arnhem, na Holanda. Em 3 sets a 1, parciais 25/22, 25/19, 17/25 e 25/20, o Brasil conheceu sua primeira derrota na competição. Com a derrota, o Brasil também fica longe da liderança do grupo D.
O Brasil vai ter pouco tempo para reagir. A seleção volta à quadra já neste sábado, contra a China, às 9h. O sportv2 transmite a partida ao vivo, e o ge acompanha tudo em tempo real. Para fechar a primeira fase na ponta da chave, vai precisar vender a China por 3 sets a 0.
Números do jogo
Maiores pontuadoras:
Inoue (JAP) – 27 pontos
Ishikawa (JAP) – 18 pontos
Pri Daroit (BRA) – 17 pontos
Hayashi (JAP) – 16 pontos
Carol Gattaz (BRA) – 13 pontos
Pontos de ataque:
Brasil: 55 pontos
Japão: 64 pontos
Pontos de bloqueio:
Brasil: 6 pontos
Japão: 5 pontos
Pontos de saque:
Brasil: 3 pontos
Japão: 5 pontos
Pontos em erros adversários:
Brasil: 22 pontos
Japão: 18 pontos
1° set – Brasil vacila, permite virada e larga atrás
O Japão largou na frente. Ao forçar o saque, conseguiu quebrar o passe brasileiro e abriu 3/0. Kisy, em um bom ataque, deu início à contagem para o Brasil. O começo não foi dos melhores. Aos poucos, porém, a seleção conseguiu se encontrar. No ataque de Kisy, passou à frente pela primeira vez, com 8/7. Logo o placar disparou. No ataque de Pri Daroit, 14/10 e pedido de tempo do lado japonês.
Só que o Japão tinha seus perigos. O time asiático voltou para o jogo à medida que acertou seu saque. Em um ace de Ishikawa, as rivais retomaram a dianteira em 19/18. À beira da quadra, Zé Roberto se irritava a cada erro brasileiro. Faltava potência. Naquele momento, Pri Daroit e Gabi tentavam arrumar a casa. Não funcionou. No ataque de Yamada, o Japão fechou em 25/22.
2° set – Brasil não reage, e Japão amplia
O panorama não mudou muito na volta à quadra. A seleção parecia sem reação. Em um bloqueio de Yamada sobre Gabi, o Japão abriu 5/3. Ampliou logo na sequência com um ace de Hayashi. Zé Roberto pediu tempo. O Brasil até conseguia evitar que o time japonês disparasse, mas era pouco. Sem ameaçar em qualquer momento, a seleção parecia sem reação.
Zé Roberto, insatisfeito com o jogo de Kisy, já havia tentado Lorenne. Não funcionou. Quando o Japão começou a abrir vantagem no placar, mandou Rosamaria à quadra como oposta. O técnico também tentou Roberta e Lorena. Em um momento, a seleção até ameaçou uma reação, mas ficou na promessa. No ponto de Inoue, o Japão fechou em 25/19.
3° set – Brasil muda, melhora e se mantém vivo
Já não havia mais espaço para erros. Na tentativa de voltar ao jogo, Zé Roberto mudou o time. A seleção voltou à quadra com Roberta, Lorena e Tainara. E o início deu razão ao técnico. Não era perfeito, é verdade, mas o time melhorou. No bloqueio de Lorena, o Brasil abriu 7/4, e o Japão pediu tempo. O momento, porém, era das brasileiras.
Mais firmes no ataque e mais eficientes no bloqueio, as brasileiras logo dispararam. Ao ver o placar marcar 17/11, o técnico Masayoshi Manabe parou mais uma vez. Mas o Brasil seguiu melhor. Em um erro de ataque das rivais, a seleção marcou 20/12.
Zé Roberto tentou chamar Macris e Kisy de volta ao jogo. Mas o Japão reagiu e diminuiu a diferença. O técnico, então, desfez a inversão e voltou com Roberta e Tainara à quadra. Deu certo. Em uma largadinha da levantadora, 25/17 no placar e sobrevida para o Brasil no jogo.
4° set – Brasil permite virada, tenta reagir, mas cai para o Japão
O Brasil ganhou ritmo e potência. Na volta à quadra, a seleção se manteve firme. Foi Pri Daroit quem fez o placar marcar 4/0. Japão logo pediu tempo e tentou arrumar a casa. Não funcionou. Em mais dois ataques seguidos de Pri Daroit, a seleção abriu 8/2. Manabe parou mais uma vez e esgotou seus pedidos de tempo na parcial. Pouco adiantou.
Tainara, àquela altura, era o nome do jogo. Versátil, a jogadora deu mais força ao ataque brasileiro. Um erro de saque de Carol Gattaz, porém, abriu espaço para que o Japão tentasse reagir. As rivais marcaram três pontos em sequência, e Zé achou melhor parar o jogo. O time japonês manteve o ritmo e voltou a causar problemas para o lado brasileiro.
O Japão voltou à frente. Ao se perder em erros mais uma vez, a seleção viu as rivais abrirem 18/14. Zé, então, tentou mais uma vez. Primeiro, mandou Rosamaria. Depois, Kisy e Macris. O Brasil reagiu e fez a diferença cair para apenas um ponto (18/17).
O empate veio em um ataque para fora das japonesas. Mas foi só. O Japão voltou a abrir 22/19, e Zé chamou Roberta e Tainara mais uma vez. Já não havia espaço para reação. Em um bloqueio de Lorena para fora, 25/20 para as japonesas.