Ao ser diagnosticada com câncer de mama aos 31 anos, Rosana Britto, de Ariquemes (RO), sentiu o chão sair debaixo dos seus pés. A notícia da doença mostrou que ela precisaria se adequar a uma nova realidade, e a única certeza naquele instante era de que precisaria muito do apoio de familiares e amigos.
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E solidariedade não faltou. Após saberem que Rosana estava com câncer, 15 colegas de trabalho da contadora, em um gesto de solidariedade, rasparam o cabelo. O momento do corte na barbearia foi registrado e postado nas redes sociais (assista no vídeo acima).
“Reunimos todos os homens da cooperativa de crédito e propomos a ideia: raspar a cabeça em apoio ao momento da colega de trabalho. No mesmo instante todos se voluntariaram e antes de irmos ao barbeiro, procuramos nossa diretoria, que disse não haver problema na questão e ainda fomos abraçados pela empresa”, conta Walisson Barbosa, um dos funcionários envolvidos na corrente solidária.
Depois de rasparem o cabelo, os funcionários homens pediram apoio também das mulheres da empresa. Elas então usaram lenços e turbantes (que depois foram entregues de presente à contadora) e aguardaram Rosana chegar na cooperativa.
“Não consigo descrever o sentimento, foram muitas emoções, desde a nossa primeira reunião até o dia em que nos reunimos no salão. Só pensamos que era o mínimo que poderíamos fazer. Foi um momento de grande emoção”.
A ação comoveu todos da cooperativa CrediSIS CrediAri, de Ariquemes. Walisson Barbosa afirma que desde o instante que os funcionários decidiram apoiar a colega, todos foram envolvidos num sentimento de esperança e fé pela cura de Rosana.
“Todos passando boas energias e dizendo palavras de ânimo, sabemos a vontade de vencer e a determinação que nossa colega tem e que ela já é uma vencedora“, ressalta.
Após a surpresa e homenagem dos colegas, Rosana usou as redes sociais para agradecer aos amigos de trabalho e relatou ao g1 sobre a surpresa de ver os colegas de trabalho após ação.
‘Sem chão’
Ao g1, Rosana relembrou o percalço para descobrir o câncer na mama. Ela diz que seu corpo começou a dar alguns sinais de que não estava bem, em março deste ano, e a partir daí decidiu buscar ajuda de um médico.
“Senti um nódulo na mama esquerda e semanas depois começou a doer. Fiz exame de ultrassom e uma biópsia. Mas não apontou nada”, conta.
A contadora relata que as dores e o nódulo ainda estavam presentes quando resolveu buscar ajuda de um especialista.
“Em julho fui no mastologista e ele pediu outra biópsia e deu câncer de mama já avançado localmente. Foi horrível, eu estava sozinha quando médico me deu diagnóstico. Meu chão desabou“.
Em agosto Rosana iniciou as sessões de quimioterapias, que devem seguir por mais algumas semanas.