Entrevistado na manhã desta sexta-feira (16) no programa “Café com Notícia”, apresentado pelo jornalista Washington Aquino na TV-5, retransmissora da TV Bandeirantes no Acre, o governador Gladson Cameli (PP), na condição de candidato à reeleição, disse que não perde um minuto de sono por causa da campanha de difamação eu vem sofrendo por parte de seus adversários. “Estou com essa cara de cansado assim porque estou dormindo tarde e acordando cedo para dar conta de duas agendas, a de governador e a de candidato”, disse Cameli, ao se referir às acusações principalmente nos tempos dos adversários na propaganda do rádio e TV do horário eleitoral gratuito.
O governador e candidato foi indagado pelo apresentador o que teria a dizer sobre as acusações dos adversários de que é o chefe de uma quadrilha que teria desviado R$ 800 milhões do governo do Acre, segundo a Operação Ptolomeu, da Polícia Federal. Cameli voltou a lembrar que foi seu Governo que criou uma delegacia de polícia de combate à corrupção e que funciona de forma independente dentro do Governo e que foi ele que chamou os órgãos de controle para dentro da administração.
“E quando a Polícia Federal chegou na minha casa, eu fui o primeiro a entregar meu telefone com a senha porque não tenho nada à esconder”, disse o governador. “Eu sou o principal interessado que essas coisas sejam esclarecidas, porque penso que, se há dúvidas, elas têm que ser esclarecidas. Mas até hoje não fui chamado para dizer nada e estou esperando”, disse.
Gladson Cameli afirmou, no entanto, que é contra os exageros. “Eu questiono como nenhum secretário meu foi acusado de nada e chegaram a esse valor de R$ 800 milhões. Eu não sou ordenador de despesas nas secretarias. Como podem ter chegado a este valor?. Acho que isso precisa ser esclarecido”, acrescentou.
O governador também falou sobre assuntos, como a possibilidade de vencer a eleição já no primeiro turno, como apontam as pesquisas de opinião publicadas faltando menos de 15 dias para o fim da propaganda eleitoral. “Não há eleição ganha. Só se ganha quando fecha-se a última urna. Por isso continuo humildemente a pedir votos para continuarmos o trabalho que não pudemos fazer neste primeiro mandato por causa da pandemia”, afirmou.
Gladson Cameli acrescentou que, por causa da pandemia do coronavírus, teve que mudar todo o foco do Governo em relação aos projetos de obras físicas anteriormente planejadas. “Nosso foco passou a ser salvar vidas. Por isso, agora com o fim da pandemia, quero mais uma chance para realizarmos as obras, principalmente as grandes obras, as pontes, os viadutos, a nova maternidade em Rio Branco e outras que havíamos programado para beneficiar nossas cidades e gerarmos emprego e renda à população”, afirmou.
O governador falou por 20 minutos – o mesmo tempo dado pela emissora aos demais candidatos ao Governo. Ao responder a uma indagação do apresentador com base em informações de seus adversários de que o estado disporia no mínimo de R$ 2 bilhões imobilizados para realização de obras, Gladson Cameli afirmou: “Teria até mais, talvez até uns R$ 6 bilhões, se eu não tivesse que ter pago dívidas de governos passados que foram herdadas por nosso Governo e cujas dívidas nós pagamos”. E lembrou: “Não eram esses mesmos adversários que diziam que a folha de pagamento do funcionalismo iria atrasar porque nós não saberíamos governar? Eu pergunto: atrasou o pagamento por um só dia?!”.
Gladson Cameli concluiu o programa pedindo votos para ele se seu candidato ao Senado, Ney Amorim. “Peço o seu voto com humildade para que eu possa ter a chance de continuar nosso trabalho e para o Ney ser o nosso senador parceiro do Acre”, disse.