Nazaré Araújo reafirma compromisso para fortalecer cooperativas do Acre

A selecionadora de castanha Ana Paula Silva de Lima, 29, denunciou à candidata ao Senado Nazaré Araújo (PT) a derrubada de castanheiras no Acre, uma prática que estaria sendo cometida por grandes empresários de outros estados, como Roraima, sem intervenção dos órgãos de fiscalização estadual. O desabafo aconteceu durante visita da candidata à Cooperacre, na manhã desta terça-feira, 13.

Segundo Ana Paula, atualmente, pelo menos oito carretas de Roraima fazem a retirada da matéria-prima em solo acreano. “E que madeira é essa? A castanheira. Nós da Cooperacre precisamos da castanheira em pé para poder trabalhar. Nós pobres somos os que mais sofrem. São muitos funcionários que dependem da castanha e os madeireiros vêm de Roraima buscar a madeira para derrubar os trabalhadores. A gente precisa da madeira em pé, pois castanheira derrubada não serve pra gente”, lamentou.

Também ouviram a denúncia os candidatos ao governo do Acre Jorge Viana (PT) e Marcus Alexandre (PT) que, juntamente com Nazaré Araújo, reafirmaram o compromisso com o desenvolvimento das cooperativas do estado, um trabalho iniciado e ampliado tempos atrás nas gestões dos governos Jorge, Binho e Tião.

Hoje, a Cooperacre é um dos maiores casos de sucesso de empreendedorismo sustentável da Amazônia. Trata-se de uma central de cooperativas e associações, fundada em dezembro de 2001, com o objetivo de promover a igualdade social e econômica de seus associados, respeitando o meio ambiente sem deixar de lado a preservação da floresta.

De acordo com o superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro de Oliveira, 35 cooperativas já participam dessa central o que garante que 2.200 famílias forneçam diretamente os mais de quatro mil produtos disponíveis para comercialização, entre os quais se pode destacar frutas, borracha e palmito. Atualmente, a Cooperacre possui sete filiais.

“Cortei seringa até os meus 22 anos de idade. Saí para trabalhar, entrei na faculdade, tudo por conta do trabalho do Jorge e do Lula. O crescimento que a cooperativa teve com os fornecimentos, com os Pronaf, foi com o Lula. As indústrias foram com o Jorge, Binho e Tião. Hoje não temos o apoio do governo como tínhamos, mas, graças a Deus, a gente nem precisa porque nos preparamos nos governos do Jorge, Binho e Tião para andar com as próprias pernas”, declarou o superintendente.

Para Nazaré Araújo, a Cooperacre deve ser motivo de orgulho para o povo acreano, pois agrega valor à produção de forma a melhorar a renda das famílias extrativistas e dos demais trabalhadores. “Sem dúvida, ela se apresenta como um dos modelos mais eficientes na gestão de negócios sustentáveis da região. O que fazem aqui mostra que há, sim, alternativas de o homem e a mulher viverem em harmonia com a floresta. E nós queremos voltar a cuidar do trabalhador que vive na Amazônia”, destacou.

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