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No Acre, mais de 80% das famílias negam doação de órgãos após morte cerebral de parentes

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

A Associação Brasileira de Transporte de Órgãos (ABTO) divulgou um levantamento de janeiro a junho de 2022 que aponta que, no Brasil, 44% das famílias negam doação de órgãos após morte cerebral de parentes. No Acre, essa média foi de 88% das famílias que dizem “não”.

De acordo com os dados, durante o período de janeiro a junho de 2022, o Acre teve 23 notificações de potenciais doadores de órgãos, dentre eles, 13 foram afastados por contra-indicação médica, 2 por parada cardíaca, 1 foi caracterizado como “outro”, mas sem especificação e não houve afastamento por morte cerebral não confirmada. Entre as 8 notificações restantes, 7 delas recusaram a doação dos órgãos, equivalente a 88%.

Segundo o levantamento, o Acre é o segundo estado com maior recusa percentual, atrás apenas de Roraima, que teve 100% de recusa. Os estados do Pará e Mato Grosso do Sul também tiveram altos índices de recusa, sendo de 76% e 74%, respectivamente.

Setembro verde

Com o objetivo de diminuir o tempo de espera e potencializar o número de doações, foi criada a campanha Setembro Verde, em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado no dia 27 do mesmo mês, com ações de conscientização em todo o país.

Durante a campanha, são realizados debates sobre o tema com depoimento de famílias de doadores e pacientes transplantados, além de conteúdos informativos sobre a doação de órgãos.

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