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Oito vagas e uma centena de candidatos: difícil disputa pela Câmara Federal no Acre

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Vagas

O Acre, junto com Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins, são as unidades federativas com menos representantes na Câmara Federal: oito. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por sua vez, são os estados com mais vagas: 70, 53 e 46, respectivamente.

Mais de 100

Na disputa pelas oito vagas que o Acre tem direito na Câmara Federal, mais de 100 candidatos estão envolvidos. De acordo com o Divulgacand, do TSE, são 139 postulantes. Com cinco renúncias e cinco indeferimentos, esse número deve ficar em 129 candidatos. Mesmo assim, um número alto para a quantidade de vagas.

Força

Mas o que chama a atenção nessa disputa não é só o número de postulantes na briga por uma cadeira na Câmara Federal, mas a força. São tantas chapas e candidaturas fortes, que tentar prever um resultado é como dar um tiro no escuro.

Reeleição

Só de mandato e em busca da reeleição, são cinco candidatos: Flaviano Melo (MDB), Jéssica Sales (MDB), Jesus Sérgio (PDT), Perpétua Almeida (PCdoB) e Leo de Brito (PT). Os outros três deputados de mandato estão envolvidos na disputa majoritária: Vanda Milani (Pros) e Alan Rick (UB) para o Senado e Mara Rocha (MDB) para o Governo.

Poderosas

É talvez do Republicanos, partido da base do presidente Jair Bolsonaro (PL), do MDB, e do União Brasil, as chapas mais fortes desse pleito. A chapa do Republicanos carrega nomes de muito peso eleitoral, como Antônia Lúcia, Israel Milani, Keiliane Cordeiro e o deputado estadual Roberto Duarte. No União Brasil, não é diferente, é um nome mais forte que o outro. Para se ter uma ideia, estão disputando uma vaga na Câmara pelo partido o Coronel Ulysses, o Dr. Eduardo Velloso, o Dr. Fabio Rueda, a deputada estadual Meire Serafim e a ex-porta-voz do Governo Gladson, Mirla Miranda. É daquelas chapas que tem tudo pra fazer mais de um deputado. O MDB é outra potência, além dos dois deputados de mandato – Flaviano Melo e Jéssica Sales – tem ainda o vice-governador, Major Rocha, na disputa pela mesma vaga. A decisão vai ser no voto a voto.

Progressistas

O Progressistas, partido do governador Gladson Cameli, é outro partido que pode abocanhar mais de uma vaga. A chapa carrega nomes como o da ex-prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, do deputado estadual Gerlen Diniz, do vereador Samir Bestene, e ainda conta com postulantes da envergadura de José Adriano, da Fieac, e Zezinho Barbary, ex-prefeito de Porto Walter.

Graúdas

Além dessas chapas poderosas, há outras graúdas envolvidas no pleito, como a do PSD, a do PDT e a da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV). A Chapa do PSD, por exemplo, reúne nomes como o líder indígena Francisco Piyãko, da vereadora Lene Petecão e da sindicalista Rosana Nascimento. A do PDT, por sua vez, tem na disputa o deputado federal de mandato Jesus Sérgio e o filho do ex-governador Orleir Cameli e primo de Gladson, Orleilson Cameli. Já a chapa da FÉ Brasil, está na prateleira de cima dessa eleição. Só de mandato tem dois nomes: Perpétua e Leo de Brito. Além deles, outro nome muito forte na chapa é o de Claudio Ezequiel, do PV. Quem adivinhar os eleitos dessas chapas, ganha um doce.

Andorinha

Há ainda nomes novos e outros nem tão novos assim, mas muito fortes, que estão na disputa por chapas não tão poderosas como as expostas acima. O Dr. Thor Dantas pelo PSB, Artur Neto pelo Podemos e Minoru Kinpara pelo PSDB são alguns exemplos. Aqui, vale aquela máxima: “Uma andorinha só não faz verão”. É que pra conseguir eleger um deputado, é necessário mais do que um nome forte na chapa. O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), que o diga. Foi o 5º mais votado no pleito de 2018, com 21.872 votos, mas não se elegeu porque seu partido, na época o PSL, não atingiu o quociente eleitoral necessário para eleger um deputado.

Gastando sola

Quem está gastando sola de sapato na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre é a jornalista Wania Pinheiro (PL). Boa no diálogo, tá andando e não é pouco. Já conquistou importantes apoios, tanto na família Pinheiro, quanto de lideranças. Faz uma campanha bonita e tem tudo pra entrar na Aleac.

Tempo

O que sobra de habilidade política para essa turma, falta de tempo. O relógio tá correndo e em pouco mais de 20 dias chega o dia das eleições. E como sempre digo por aqui, o eleitor é absoluto. Para levar a eleição, não adianta habilidade, história, teoria ou rios de dinheiro, tem que combinar com o eleitor.

STF

A ministra do STF, Rosa Weber, de 73 anos, assumiu na tarde desta segunda-feira (12), a presidência do Supremo. A ministra vai suceder Luiz Fux, que esteve à frente da Corte nos últimos 2 anos e terá como vice o ministro Roberto Barroso. A gestão de Rosa Weber será mais curta, já que a magistrada faz 75 anos em 2 de outubro de 2023, quando se aposenta compulsoriamente.

Pesquisa

A pesquisa BTG/FSB, divulgada hoje, apontou que o ex-presidente Lula (PT) tem 41% das intenções de voto contra 35% do presidente Jair Bolsonaro (PL). No último levantamento do instituto, divulgado na semana passada, o petista tinha 42% e Bolsonaro 34%. Ciro Gomes (PDT) registrou 9% (tinha 8%); Simone Tebet (MDB) 7% (tinha 6%) e Felipe D’Ávila (Novo) 1%.

1001

O prefeito da capital, Tião Bocalom, divulgou em suas redes sociais, no último domingo (11), um vídeo em que diz que quer construir 1001 casas populares em Rio Branco em um único dia. De acordo com Bocalom, a inspiração vem do ex-governador de Goiás, Luiz Resende, que construiu 1000 casas em 24 horas. As casas são em modelos pré-moldados, por isso a rapidez.

Mantido

O horário de votação no Acre, das 6h às 15h, está mantido. O STF manteve a decisão mesmo após a ação direta de inconstitucionalidade apresentada pelo MDB, a pedido do deputado federal acreano Flaviano Melo. A decisão foi do ministro André Mendonça.

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