PF deflagra operação contra candidatos do Acre que seriam financiados por facção

A Polícia Federal deflagrou mais uma operação contra crimes eleitorais no Acre. Nomeada Ilíada, foi iniciada nas primeiras horas desta quinta-feira (29), em Cruzeiro do Sul. Esta é a quarta operação contra cirmes eleitorais em três dias no Acre.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão contra um candidato e seus correligionários, visando apurar o laço com indivíduos pertencentes à uma facção criminosa atuante no estado, de acordo com as investigações. A facção estaria financiando campanhas eleitorais. Para o cumprimento das ordens judiciais houve a participação de aproximadamente 30 policiais federais.

Foto: divulgação PF

As investigações, que tiveram início em setembro de 2022, apontam um estreito envolvimento entre candidatos e lideranças da facção criminosa com o objetivo de eleger seus próprios representantes ou políticos simpatizantes, que caracteriza a compra de votos.

“Os indícios apontam que a ligação entre os criminosos e candidatos são antigos, não se descartando o envolvimento em outros crimes”, diz comunicado à imprensa.

Operação foi deflagrada no início desta quinta-feira/Foto: ascom

Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção eleitoral, com pena prevista de até quatro anos de reclusão, e falsidade ideológica, com até cinco anos de prisão, ambos do Código Eleitoral.

Dinheiro apreendido/Foto: divulgação PF

O nome da Operação faz referência ao poema épico da Grécia Antiga, atribuído a Homero, o qual narra os fatos relativos à Guerra de Troia, que acabou findando com o uso do Cavalo de Troia, de forma a se demonstrar que o uso das eleições pelas facções pode culminar minando o processo democrático.

Outras operações

A primeira operação foi a  Arbítrio, feita pela Polícia Federal esta semana ocorreu na terça-feira (27), em Jordão, contra um candidato por possível compra de votos.

Ja nesta quarta-feira (28), a PF realizou duas operações em Rio Branco contra uma candidata que estaria ligada à facção e correligionários com dinheiro em espécie que seria usado para compras de votos.

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