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Pimenta no Reino: o futuro do Acre e do país está nas mãos do eleitor neste domingo

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

TSE - Tribunal Superior Eleitoral Urna eletrônica

Futuro

O futuro do Acre e do país vai ser definido daqui a dois dias, nas eleições gerais de 2 de outubro. Quando digo futuro, não me refiro apenas aos próximos quatro anos, período de mandato da maioria dos que serão eleitos no domingo, com exceção dos senadores que têm mandato de oito anos, mas me refiro a um futuro mais duradouro, de médio e longo prazo. É que medidas adotadas durante um governo podem ter desdobramentos por muitos anos após a saída do mandatário que executou a ação. E isso tanto pro bem, quanto pro mal.

Escolha

Por isso é tão importante escolher bem a lista de candidatos em quem votar, de cabo a rabo. Todos os eleitos desempenham papel fundamental na construção da sociedade, tanto os eleitos para o Legislativo, quanto para o Executivo. É preciso escolher quem representa os seus valores e as suas ideias de sociedade. Escolher um candidato sem levar em conta esses fatores, é como dar um tiro no escuro. E quem pode ser atingido pela bala perdida é você.

Brasil

Na reta final da eleição, o futuro do país está nas mãos de dois projetos, o de Lula (PT) e o de Bolsonaro (PL). Não há chances para os demais candidatos, o jogo está definido. Resta saber se para um lado ou para outro. São dois projetos antagônicos e que cada um dialoga com uma parte da sociedade. Por tanto, é preciso escolher bem agora, para não passar os próximos quatro anos arrependido.

Acre

No Acre, a situação tende a se repetir. Há dois projetos destacados, o de Gladson Cameli (PP) e o de Jorge Viana (PT), que são bem diferentes, não tão antagônicos como no cenário nacional. Por aqui, também não dá pra dizer que os demais candidatos, sobretudo Mara Rocha (MDB) e Sérgio Petecão (PSD) estão fora do jogo. Por ser um estado de poucos eleitores e de muros baixos, o Acre é aquele tipo de lugar onde “tudo pode acontecer”.

Governabilidade

Além dos cargos no Executivo, serão eleitos também deputados e senadores. É importantíssimo que o eleitor se atente à necessidade de eleger deputados e senadores do mesmo campo político e ideológico dos seus candidatos a Governo e Presidência. É o Legislativo que dá sustentação ao Executivo. É nas Assembleias e no Congresso Nacional que os governos se apoiam para que suas pautas “andem”. Caso contrário, as coisas travam a tal governabilidade fica comprometida. 

Aposta

Mesmo a essa altura do campeonato, apostar em um resultado nas urnas ainda é muito incerto. Mesmo se eu precisasse apostar em um resultado, arriscaria em um 2º turno entre Gladson e Jorge para o Governo do Acre. Com Gladson não levando por pouco no 1° turno, algo parecido com o que aconteceu na disputa pela Prefeitura de Rio Branco em 2020, quando Bocalom (PP) não ganhou no 1º turno por um fio de cabelo.

Aposta 2

Para o Senado eu não consigo nem arriscar um vencedor, mas a vaga deve ficar entre Alan Rick (UB), Ney Amorim (Podemos) e Marcia Bittar (PL). Vai ser decidido no voto a voto. Para a Câmara Federal, tem tanta gente boa e forte que também é difícil prever algo. Arrisco dizer que dos que vem pra reeleição, apenas Perpétua Almeida (PCdoB) e Jéssica Sales (MDB) estão com os dois pés de volta na Câmara. Os demais precisarão disputar o voto de forma bem acirrada com os que querem ocupar a vaga pela primeira vez.

Aposta 3

Na Aleac, a aposta é a mais arriscada de todas. Apesar de ofertar mais vagas, 24 no total, a decisão de quem entra e quem fica de fora é quase sempre por uma margem muito pequena de votos, dado o grande quantitativo de candidatos e consequentemente a grande pulverização do voto. De mandato, quem tem tudo para se reeleger é Nicolau Júnior (PP), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Antônia Sales (MDB). Os demais precisam batalhar contra os novatos, que vem com gosto de gás. Devem debutar na Aleac em 2023 Wania Pinheiro (PL), Eduardo Ribeiro (PSD), Gabriel Santos (PSB), Thadeu Hassem (Republicanos), Emerson Jarude (MDB) e Michelle Melo (PDT).

Debate

Ontem a Rede Globo promoveu o último debate presidencial do 1º turno dessas eleições. Sem nenhuma novidade, o debate mais uma vez teve menos propostas e mais ataques. Lula e Bolsonaro foram os principais alvos dos adversários, que em algumas ocasiões, partiram para a agressividade. Isso sem contar na troca de farpas entre ambos. É preciso repensar o modelo de debate na televisão brasileira, pois o que foi criado com o objetivo de ser um momento de exposição de ideias, de propostas e de fraquezas, se transformou em uma verdadeira rinha de políticos.

Democracia

Independente dos resultados locais e nacional, que reine a paz e que impere a democracia entre os eleitores. Discordar faz parte da vida em sociedade, e é na base do diálogo que essas discordâncias devem ser resolvidas e não com violência e derramamento de sangue. Um bom domingo e um bom voto para você, eleitor acreano. Lembre-se, o futuro está nas suas mãos.

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