1° turno
O resultado da pesquisa da última segunda-feira (29) ainda está rendendo nas rodas de conversa sobre política. Isso porque trouxe um cenário que há muito tempo não se via por aqui: a possibilidade de Gladson (PP) levar a eleição no 1° turno. Mas esse cenário, dificilmente deve se concretizar, pelo menos é o que tenho escutado por aí.
Dois dígitos
Um dos argumentos de quem não acredita na decisão da eleição já no 1º turno é que Petecão (PSD) e Mara Rocha (MDB) não devem permanecer com as porcentagens que a pesquisa mostrou, 6% e 5% respectivamente. A aposta é que os dois cheguem nos dois dígitos.
Teto
Quem mais tem comemorado o resultado da pesquisa é o petista Jorge Viana. De fato, é um resultado pra se comemorar. De acordo com os números da pesquisa, JV conseguiu ‘furar’ o teto de votos que vinha apresentando nas últimas pesquisas, entre 20% e 25%. A campanha de Jorge tem massificado duas mensagens, a primeira é de que com esse resultado o petista já está garantido no segundo turno com Gladson. A outra mensagem é que, mesmo com pouco tempo de campanha, já que a decisão de disputar o Governo só veio no dia 5 de agosto, Jorge já está na vice-liderança e pode crescer ainda mais. Vamos ver nas urnas.
Sem descartar
Apesar do resultado da pesquisa, que animou alguns e desanimou outros, há pormenores que não podem ser descartados: a habilidade de Petecão de crescer nos últimos dias de campanha e uma Mara Rocha muito bem testada nas urnas, sendo a deputada federal mais votada nas últimas eleições. Mara conseguiu 9,42% dos votos válidos do Acre, ou seja, número maior do que o que aparece na pesquisa, mesmo disputando um cargo proporcional, voto muito mais difícil de conseguir pela grande quantidade de candidatos.
Bittar
Além de tudo já exposto acima, outro fator que pode arrastar a disputa para o 2º é a candidatura do senador licenciado Marcio Bittar (UB) ao Governo. Apesar de ser uma candidatura ‘olímpica’, Bittar é o político acreano que melhor dialoga com o eleitor bolsonarista ‘raiz’. Ou seja, pode arrastar uma boa quantidade de votos e atrapalhar os planos de Gladson de repetir 2018 e se eleger em um só turno.
Certeza
Por enquanto, a única certeza é que Gladson vai para o 2° turno (se houver). A outra vaga, apesar de hoje apontar para Jorge Viana, não pode ser tratada como pedra cantada. Petecão e Mara são carne de pescoço, difíceis de derrubar.
Maomé
“Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”. Foi assim que os petistas do Acre resolveram a questão da agenda do ex-presidente Lula (PT), que visitou ontem o estado vizinho do Amazonas. Já que não havia visita programada para o Acre, os candidatos ao Governo e Senado do Partido dos Trabalhadores, Jorge Viana e Nazareth Araújo, estiveram em Manaus acompanhando o candidato à Presidência da República pelo partido.
Deferidos
Até a manhã desta quinta (1), cinco candidaturas ao Governo do Acre já foram deferidas pela Justiça Eleitoral, restando apenas as candidaturas de Gladson Cameli e do Professor Nilson (Psol), que seguem “aguardando julgamento”. Para o Senado, metade das candidaturas foi deferida -Alan Rick (UB), Dimas Sandas (Agir), Dr. Jenilson Leite (PSB) e Dra. Vanda Milani (Pros)- e a outra metade segue “aguardando julgamento” – Marcia Bittar (PL), Nazaré Araújo (PT), Ney Amorim (Podemos) e Sanderson Moura (Psol).
Cresceu
O PIB brasileiro registrou um crescimento de 1,2% no segundo trimestre de 2022 em comparação com o primeiro trimestre, informou o IBGE nesta quinta (1). O resultado do trimestre já é o quarto positivo seguido, depois da baixa de abril a junho do ano passado, que foi de 0,3%. Já com relação ao mesmo trimestre do ano passado, a alta foi ainda maior: 3,2%.
Ridículo ou irreverente
De acordo com uma reportagem da CNN Brasil, o Ministério Público Eleitoral tem trabalhado para barrar os nomes muito incomuns que alguns candidatos querem usar nas urnas. A justificativa é a resolução 23.609, do Tribunal Superior Eleitoral, que diz que o nome escolhido não pode “estabelecer dúvida quanto a sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente”.