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Academia Juvenil Acreana de Letras lança 12 livros neste sábado; conheça os autores

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, DO CONTILNET

Em cima: Eduarda Hadad, Wellington Vidal e Rafaela Rodrigues. Embaixo: Deusa Maria, George Luan e Sarah Cristina. Foto: Montagem

Como encerramento da programação do Festival Literário de Jovens Escritores, a Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL) promove o lançamento de 12 obras de jovens autores acreanos. Os livros vão desde romances à poesias.

O lançamento acontece neste sábado (29) no Anfiteatro Garibaldi Brasil, na Universidade Federal do Acre (Ufac), a partir das 19h. O evento estava programado para acontecer em 2020, mas com a pandemia, a impressão dos exemplares e a realização do evento foi impossibilitada.

Ao todo, serão lançados 12 livros, sendo eles: A Face Oculta dos Versos – George Luan; Alicerces – Eduarda Hadad; As Cores do Poeta – Celine Amorim; Asas de Mármore – Alessandro Silva; Ave Mulher: Poemas de Dor e Glória – Rayssa Castelo Branco; Conexões do Tempo – Wellington Vidal e Rafaela Rodrigues; De Fio a Fio – Sarah Cristina; O que o Amor nos Trouxe – Manoella Dantas; Piegas – Jailan Souza; Orvalho: Lágrimas da Rosa; Poesia Oceana – Hellen Lirtêz; Sinais: o Despertar – Mariana Ravena.

Em cima: Manoella Dantas, Jailan Souza e Alessandro Silva. Embaixo: Celine Amorim, Rayssa Castelo Branco e Hellen Lirtez. Foto: Montagem

Conheça os autores

Alessandro Silva

21 anos, natural de Rio Branco. Identificado pelo NAAH/S Acre com Altas Habilidades em Escrita em 2019, no entanto, escreve poesia desde os 11 anos. É diretor acadêmico da Academia Juvenil Acreana de Letras, instituição de cultura da qual é membro desde 2017.

Celine Amorim

Nasceu no dia 16 de fevereiro de 2004, em Rio Branco, Acre. Membro da Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL), tendo como patrono o poeta Manuel Bandeira e identificada com Altas Habilidades em produção textual pelo NAAH/S Acre.

Deusa Maria

Emerge no seio de uma das principais famílias da cultura popular acreana. Repleta de parentes músicos, atores, atrizes, artistas plásticos, repentistas e compositores, a escritora, que é acadêmica de Artes Cênicas na Universidade Federal do Acre (UFAC), também é múltipla nos seus fazeres artísticos-culturais. Na literatura, Deusa imprime todas as suas referências familiares e de vida. Integrante primal do grupo Jabuti Bumbá, protetora da fauna e flora, espiritualista e professora, a “bruxa moderna/feiticeira amazônida” herdou de forma majestosa o nome da sua avó, e tem como missão neste plano orvalhar as flores do mundo com as suas poesias, composições, movimentos, atuações, preces e tudo mais que seja necessário para alimentar todos que precisam comer arte, sensibilidade, criação e amor. 

Eduarda Hadad

Tem 18 anos, escritora e futura médica, estudou na escola presbiteriana João Calvino e mora em Rio Branco, Acre.

George Luan

Nasceu na cidade de Rio Branco, capital do Acre, no dia 11 de dezembro de 1996. Na juventude, aos 14 anos de idade, cantava em bandas colegiais, onde começou a compor músicas e versos, criando assim, interesse pela Literatura. Aos 18, participou como Vice-Presidente da Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL), a primeira instituição de cultura voltada aos jovens escritores do Estado, até o período de 2019. Foi segundo lugar no Concurso Literário Acreano, e premiado duas vezes com o primeiro e o segundo lugar entre 2014 e 2015 na Feira Cultural do ensino médio. Atualmente, cursa Letras (Licenciatura) e Ed. Física (Bacharelado) na instituição da Estácio Unimeta para almejar ser professor e melhorar suas habilidades de escrita.

Hellen Lirtêz

É uma mulher afro-indígena, amazônida nascida e criada no estado do Acre, cujas águas são turvas. Desde pequena, Lirtêz possuía um desejo intrínseco de entender e mudar o mundo que a cerca. Com 8 anos de idade, começou a exercer seus dons de escritora, colocando em cadernos pessoais seus primeiros versos. Durante o Ensino Médio, foi identificada aos 17 anos com Altas Habilidades/Superdotação em Escrita pelo NAAH/S (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação). Além de seu contato com a literatura, a autora esboça uma grande paixão pelas artes plásticas. Em 2018, conheceu uma maneira mais política de expor seus ideais, através do Movimento SLAM (campeonato de poesia falada), no qual, no mesmo ano, ficou em 3º lugar no SLAM estadual e 3º lugar no SLAM nacional em dupla etapa norte. Atualmente, Hellen é aspirante a jornalista na Universidade Federal do Acre (UFAC). A escolha do curso se dá principalmente pela vontade incontrolável de dar voz a quem não tem voz. Ela continua a dedicar-se ao que acredita como artista, fotógrafa e integrante da Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL).

Jailan Souza

É um cartunista e poeta hodierno de Boca do Acre, um município amazonense, mas atualmente vive na capital acreana, Rio Branco. Ele é tão piegas quanto este livro. 

Manoella Dantas

É escritora e poetisa, membro da Academia Juvenil Acreana de Letras e estudante de Ciências Biológicas na Universidade Federal do Acre. 

Rafaela Rodrigues

É acreana e nasceu no dia 13 de setembro de 1998, na capital Rio Branco, coração da floresta amazônica. Estudante do curso de Jornalismo na Universidade Federal do Acre (UFAC), é a caçula de dois irmãos e uma irmã. A poesia, filosofia, música e o cinema sempre foram muito presentes na maior parte da sua vida, o que a motivou a escrever seus próprios textos e a cultivar um grande amor pela fotografia. Hoje, a jovem estudante os compartilha em seu pequeno blog e também em suas redes sociais.

Rayssa Castelo Branco

É natural de Rio Branco, Acre, nascida em 01 de março de 2000. Aos 15 anos, publicou seu livro de estreia, “Primeiros Poemas”, em 2015, e, em 2018, a obra “Versos ao Acaso”, além de contos e poemas publicados em mais de dez antologias. É Vice-presidente da Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL), da qual é membro desde 2015. Autora premiada em 1° lugar na categoria Conto no Prêmio Garibaldi Brasil de Literatura, em 2020 e 1º lugar no Prêmio Florentina Esteves, categoria Conto, em 2021. Organizou também o livro “Pequenos Grandes Poetas”, lançado em 2022. É acadêmica do curso de Direito na Universidade Federal do Acre (UFAC). Em seus escritos, versa, principalmente, sobre as múltiplas expressões e desafios do que significa ser mulher, e acerca das ricas vivências dos povos amazônidas.

Sarah Cristina

Nasceu na cidade de Rio Branco, capital do Acre, e começou a escrever poemas aos 14 anos, quando cursava o 1º ano do Ensino Médio no Instituto São José das Servas de Maria Reparadora. Apresentou-se no Show de Talentos de sua escola com a sua primeira história em versos e depois, na mesma instituição de ensino, se apresentou novamente com a segunda história em versos. Aos 15 anos, conheceu a AJAL (Academia Juvenil Acreana de Letras) e, após participar de algumas atividades da instituição, tornou-se membro, em 2018, aos 16 anos. Atualmente, mora em Foz do Iguaçu – PR e está cursando Medicina.

Wellington Vidal

Nasceu em Rio Branco, Acre, no dia 14 de fevereiro de 1999. É jovem ‘imortal’ e Conselheiro Fiscal da Academia Juvenil Acreana de Letras (AJAL) e acadêmico do curso de Ciências Biológicas no Instituto Federal do Acre (IFAC). Wellington é apaixonado pelo universo geek/nerd e escreve desde os 12 anos, variando entre os gêneros de aventura, romance, conto e fantasia. Para a escrita, sempre recebeu incentivo da mãe, que é professora de língua portuguesa.

Sinopses

  1. A Face Oculta dos Versos – George Luan

É um livro que contém versos que buscam, de formas diversas, se aprofundarem na essência de cada ser. Desde o ganho do amor até a sua perda. Desde a falta, quanto o excesso de fé. Para pôr a prova o equilíbrio emocional, que muitos perdem a cada dia, o livro A Face Oculta dos Versos é uma forma de o fortalecer.

  1. Alicerces – Eduarda Hadad 

Alicerces vai retratar parte da vida adolescente, os alicerces da vida, as bases: família, amor, religião e autoaceitação. 

I’m worse at what I do best 

And for this gift, I feel blessed. 

 – Kurt Cobain

  1. As Cores do Poeta – Celine Amorim 

Não somente como título da obra e do poema nela presente, As cores do poeta propicia, consoante ao seu objetivo e fundamento, o fascínio de um indivíduo pela arte das letras e suas nuances. Esta coletânea traz alguns tantos poemas escritos nos últimos três anos, buscando transmitir aos leitores seus pensamentos, sinestesias e personificações através dos versos, também como forma de imortalizar sua paixão e expandi-la. 

  1. Asas de Mármore – Alessandro Silva

“O homem não pode se reconstruir sem sofrimentos, pois ele é ao mesmo tempo mármore e o escultor”

– Alexis Carrel (Adaptado)

  1. Ave Mulher: Poemas de Dor e Glória – Rayssa Castelo Branco 

A palavra guarda o mistério da libertação. O caminho aos anseios, medos e lamentos mais profundos do âmago se guia através da escrita. E por meio deste artifício é possível atravessar a alma e promover o encontro com o próprio eu. E o eu feminino, ofuscado e emudecido por séculos, é também despertado por esse instrumento, que dá vazão às aflições e vitórias carregadas por eras. Ave Mulher: poemas de dor e glória é uma passagem em versos ao resgate da essência selvagem, por vezes apagada à forças insidiosas, que temem o poder da grandeza a que pode alcançar uma mulher. Os entraves impostos desde os tempos imemoriais e o enfrentamento disposto nas diversas expressões do feminino ensejam o fôlego que é preciso para se tornar livre.

  1. Conexões do Tempo – Wellington Vidal e Rafaela Rodrigues 

Nesta obra, as poesias foram escritas e sentidas com o tempo. Cada um de nós buscou sua própria conexão, seja com uma paixão, uma desilusão, com os sentimentos mais sombrios, como a ansiedade, a solidão, e com o universo, entre seus astros mais fantásticos. Ao longo da vida, todos nós somos conectados com algo e, de forma simples, mas em sintonia, essa conexão foi transformada em poesias.

  1. De Fio a Fio – Sarah Cristina

De fio a fio simboliza todo o trajeto que, pouco a pouco, percorri para conseguir me moldar como poetisa. Admiro a poesia, pois sem ela, com certeza, explodiria. Utilizo-a para me expressar. Não quero que a enxerguem como algo imutável, preso apenas a uma simples interpretação e significado. Cada poema pode ser lido de uma maneira diferente, dependendo de seu estado emocional. Esta obra não possui um tema específico, mas o público alvo é você. Ela vai contar a minha história, alguns acontecimentos são reais e outros não, cabe a você descobrir. Dito isso, desejo que se aconchegue em sua cama, cadeira, sofá ou até nos braços de alguém e desfrute o meu mundo.

  1. O que o Amor nos Trouxe – Manoella Dantas 

O que o amor nos trouxe? é uma coletânea de poemas que relembra quase todo tipo de amor: amor entre cônjuges, entre uma família, entre amigos, amor próprio, um amor sofrido, um amor esquecido, um amor traído, um amor impossível. Só não sobre todos os tipos de amor, pois sempre existe um novo.

  1. Piegas – Jailan Souza
  2. em que há pieguice, sentimentalismo extremo.
  3. que ou quem é ridiculamente sentimental.
  4. que ou quem se embaraça com pequenas coisas.
  5. Orvalho: Lágrimas da Rosa

A obra, na sua totalidade, busca uma firmeza constante no sentido de comunicar sentimentos, experiências e devaneios sóbrios que permanecem inquietos na consciência da escritora acreana Deusa Maria. A forma livre e diversificada dos textos evidencia uma carga de referências da autora que organiza seus pensamentos textuais de maneira prática, aproximando do seu “Eu Superior”, técnicas da poesia moderna, e até mesmo passeia de forma livre pela poesia-práxis, que adota a palavra como um organismo vivo, mutável e lírico. Poemas como (A)MAR, Mutação, Fragmentos e Deusa Avó evidenciam a pluralidade, tornando o conjunto da obra dinâmico e necessário para os dias atuais.

  1. Poesia Oceana – Hellen Lirtêz 

Lembro-me das aulas de geografia às quartas-feiras, em que o professor dizia que as águas dos mares é a maior viajante da terra, pois sua água evapora e vira chuva. Uma chuva que sai da China para cair no Brasil. A água talvez seja o elemento mais mutante que exista, por estar em constante processo de mudança. A encontramos em nós. Somos 70% água, ela está presente de maneira anatômica e física. Está nos beijos que damos, no suor que produzimos, nas lágrimas salgadas que derramamos. Toda essa capacidade é a prova de que cada um de nós carrega um oceano particular.

  1. Sinais: o Despertar – Mariana Ravena 

Oráculo é o único ser capaz de controlar e saber tudo na Terra, ele tem a missão de reunir os sinais sensíveis deixados por Deus, seres provindos de diversas origens, com diferentes crenças e segredos, seres tão distintos que seria inevitável conflitos entre eles. Todavia, eles precisarão resolver suas diferenças para que juntos consigam desvendar o mistério de um poder que paira sobre o planeta e adoece a terra e todos os seres que nela habitam. Repleto de suspense, aventura e imerso na magia, em um espaço entre terras, sem lei, e sem reis, que só os que acreditam podem encontrá-lo. Sinais: o Despertar captura reflexões sobre a origem do mundo, suas criaturas, crenças e sobre o bem e o mal.

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