Em 2003 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desenvolveu o primeiro relatório técnico voltado à rotulagem.
O objetivo era manter todas as pessoas bem informadas quanto às propriedades nutricionais. Conforme as regras foram mudando, as especificações passaram a ser consideradas, como alergênicos e componentes que estão associados a restrições alimentares.
Uma questão de saúde pública
A Organização Panamericana de Saúde (Opas) defende há anos a inclusão de detalhes que destacam quantidades de açúcar, gordura e sódio acima da média recomendada pelos especialistas.
Observando o crescente aumento de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e obesidade, que impactam negativamente na qualidade de vida, é preciso iniciar programas de conscientização nutricional.
O papel das empresas
Ainda que as empresas sejam transparentes e divulguem os processamentos de determinado produto, nem sempre o consumidor consegue interpretá-los. Ao olhar a embalagem de um item comestível industrializado, não é possível identificar rapidamente suas implicações a longo prazo. Além dos aditivos químicos que continuamente são alvo de alertas, o excesso de sal e açúcar costumam estar ligados a problemas crônicos, incluindo populações jovens.
A importância da ANVISA
O Chile começou a implantar alertas nos rótulos em 2016, mas no Brasil a ANVISA conseguiu organizar a marcação recentemente.
Enquanto lá um octógono preto comunica quantias exageradas de certo componente, aqui as sobretaxas serão destacadas com uma lupa. Portanto, a partir do dia 09 deste mês, os fabricantes vão precisar se adaptar às transformações propostas pelo órgão regulador.
Como o rótulo vai ficar?
A parte da frente vai apresentar um selo caso tenha muito açúcar, gordura saturada e sódio, facilitando a visualização. Somada às quilocalorias (kcal), quilojoules (kj), carboidrato, proteína e micronutrientes, uma coluna deve mostrar esses indicadores em uma porção de 100g em alimentos sólidos e 100ml nos conteúdos líquidos e pastosos.
Se o alimento tiver lupas, não poderá usar de características positivas para chamar a atenção, como ‘’rico em vitaminas’’, ‘’fonte de fibras’’ e outras frases, porque ao superar os limites da ANVISA, deixa de ser um alimento verdadeiramente saudável.