Aplicativo que criou o e- Titulo Eleitoral é invenção de uma acreana de Cruzeiro do Sul

Quando os quase 157 milhões de eleitores brasileiros aptos ao voto tiverem ido às urnas neste domingo (2), com pelo menos 27 milhões (quase 108 mil no Acre) utilizando a tecnologia do e-Título, poucos saberão que tiveram literalmente nas mãos uma tecnologia genuinamente acreana. Ou seja, o Brasil e os eleitores brasileiros ao redor do mundo que utilizaram a tecnologia do aplicativo móvel do título de eleitor via digital, o que permite o acesso rápido e fácil às informações cadastradas na Justiça Eleitoral, foram beneficiados pela invenção e criação de uma servidora pública acreana que, se tivesse registrado a ideia como uma ação da iniciativa privada e cobrado, teria ficado no mínimo milionária, com uma quantia estimada em R$ 20 milhões.

A quantia foi o total que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) economizou em papel e outras despesas ao implantar a proposta a partir da criação da acreana Rosana Magalhães da Silva, natural de Cruzeiro do Sul, com 54 anos de idade, casada com o juiz Afonso Brana, mãe de dois filhos, servidora concursada do Poder Judiciário e hoje diretora do Tribunal Regional Eleitoral no Acre (TRE-AC). Formada em Direito, Economia e Tecnologia da Informação, ela teve a ideia do aplicativo ao observar que os eleitores brasileiros, que já usam a tecnologia das urnas eletrônicas há 26 anos, o só acreanos, não tinham como acessar suas informações eleitorais em um aplicativo.

O ano era 2017, quando presidia o TRE-AC a desembargadora Regina Longuine e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) era o ministro Gilmar Mendes. A desembargadora autorizou a servidora a continuar as pesquisas sobre a criação do aplicativo e, como 2017 era o último ano da administração de Gilmar Mendes no TSE, ele correu contra o tempo para que o aplicativo fosse criado e instalado sob sua gestão.

“Tudo conspirou a favor”, comemorou Rosana Magalhães, que vem recebendo medalhas e outras honrarias tanto da Justiça Eleitoral quanto do Poder Legislativo, através do senado federal. Todos a reconhecem pela criação a qual, se fosse de inciativa privada, deixaria o criador milionário. “Eu me contento com o que tenho recebido ate aqui, que é o reconhecimento, principalmente do serviço público. Como servidora pública, sei que, com isso, cumpri meu papel e já posso me aposentar tranquila”, disse. “O aplicativo deu certo porque surgiu na hora certa, com as pessoas certas”, acrescentou.

O App apresenta dados como zona eleitoral, situação cadastral, além da certidão de quitação eleitoral e da certidão de crimes eleitorais e desde 2020 está mais fácil acessá-lo apenas com o número do CPF, sem precisar lembrar do número do título de eleitor. Além disso, o app está cada vez mais acessível para pessoas com deficiência visual, baixa visibilidade ou daltônicas e, por isso, alteramos as cores do aplicativo para tons de azul neste ano.

O App poderá ser utilizado para justificar a ausência ao pleito no dia da eleição e também após as eleições, contanto que o eleitor esteja fora do seu domicílio eleitoral ou possa comprovar, após o pleito, a impossibilidade do exercício do voto.

O app pode ser baixado para smartphone ou tablet , nas plataformas iOS ou Android. Após baixá-lo, basta inserir os dados pessoais. Para o eleitor que ainda não fez o cadastro biométrico, é necessário apresentar um documento oficial com foto sempre que for utilizar o título digital.

No Acre, 107.977 já possuem o e-Título. O título de eleitor impresso continua existindo com a mesma validade na versão original. Outro benefício de baixar o e-Título é que os dados eleitorais do cidadão estarão sempre seguros e disponíveis, diminuindo os riscos de extravios e danos ao título de eleitor.

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