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Após sair nova pesquisa Ipec, Bolsonaro reage: “Recomeçou a palhaçada”

Por METRÓPOLES

Foto: ascom

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a nova pesquisa eleitoral divulgada pelo Instituto Ipec, nesta quarta-feira (5/10), após a sondagem apontar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 51% as intenções dos votos totais para o segundo turno. O mandatário do país aparece com 43%. O levantamento foi o primeiro feito depois das críticas sobre a divergência entre o resultado real das urnas no domingo (2/10) e as projeções realizadas por institutos de pesquisa na véspera do pleito.

Em uma transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro disse que “recomeçou a palhaçada” dos institutos quem sondam as intenções de voto.

O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais mostrou que a disputa pelo Palácio do Planalto entre Lula e Bolsonaro foi acirrada. Com 100% das urnas apuradas, o petista alcançou 48,43% dos votos, e o candidato à reeleição, 43,20%.

Até o último sábado (1º/10), no entanto, os principais institutos de pesquisa não conseguiam cravar se haveria, ou não, um segundo turno na eleição nacional. Enquanto Lula oscilou em torno dos 50% de votos válidos na maioria dos levantamentos nacionais ao longo da campanha, Bolsonaro ficou em torno dos 30% nos levantamentos de intenção de voto.

Suspeita sobre eleições

Na live desta quarta, Bolsonaro ainda levantou suspeitas sobre o primeiro turno das eleições presidenciais. Ele voltou a citar um “comportamento atípico” as urnas eletrônicas.

“Tivemos apurações, alguns problemas apareceram. Passei para frente esses problemas”, disse Bolsonaro. “Se a apuração tivesse mais 5%, o nosso oponente teria conseguido eleição no primeiro turno”, complementou.

Desde que assumiu o comando do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro acusa, sem provas, que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraude. Em ocasiões passadas, o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu para que o presidente apresentasse provas de suas acusações, o que nunca foi feito.

O atual mandatário da República é defensor do voto impresso e já afirmou, em tom de ameaça, que, caso o modelo não fosse implementado no pleito deste ano, seria possível que não houvesse eleição.

Em julho do ano passado, o titular da Presidência da República fez uma live, na qual apresentou uma série de notícias inverídicas. Na transmissão ao vivo, ele admitiu que não tem provas para afirmar que existe chance de fraude no sistema atual de urnas eletrônicas.

Um ano depois, quando faltavam apenas três meses para as eleições gerais de 2022, o chefe do Executivo federal convidou embaixadores de diversos países para um encontro no Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele voltou a levantar suspeitas sobre as urnas eletrônicas, repetiu argumentos já desmentidos por órgãos oficiais e reiterou que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”.

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