Cássia Kis, 64 anos, tem sido evitada por colegas nos bastidores de “Travessia”, novela, que segundo ela, marcará sua aposentadoria.
Pessoas envolvidas na novela contaram à coluna que Cássia, há mais de um mês, vem convocando insistentemente – pessoalmente e por meio do grupo de WhatsApp do elenco – que colegas rezem para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ganhe as eleições.
Ela encaminha vídeos de orações e manda notícias relacionadas à política. Segundo fontes, também encaminha “fake news”.
Além disso, segundo relatos, Cássia criou o costume de xingar funcionários da Globo e demonstra perder a paciência facilmente quando é contrariada, proferindo palavrões. A atriz também começa a bater palmas quando quer que prestem atenção nela, e interrompe as cenas para fazer orações, deixando outros atores esperando.
Cássia vem sendo chamada de “pregadora” nos bastidores.
A atitude dela, segundo relatos, é sempre a mesma: se aproxima de alguém e inicia o assunto sobre religião e política até que o outro concorde com ela. O discurso, repetido muitas vezes, é o mesmo feito no lançamento de “Travessia”, quando, em entrevista para a imprensa, defendeu Jair Bolsonaro (PL) e citou profecia: “Brasil vai derramar sangue”.
Para esta coluna de Splash, Cássia já havia confirmado que conversa sobre política nos bastidores de “Travessia”, e justificou que “é o assunto mais importante no Brasil no momento”.
Homofobia em live
Além do comportamento nos bastidores, Cássia Kis viralizou por um discurso homofóbico em uma live com a jornalista Leda Nagle. Ela disse, entre outras coisas, sobre as relações envolvendo gays e lésbicas sob a alegação de defesa por estarem “destruindo a família”.
A Globo foi procurada por esta coluna para comentar não só os episódios relatados sobre a atriz nos bastidores de “Travessia”, mas também sobre a declaração na live.
Em resposta, a emissora disse:
“A Globo tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão, e repudia qualquer forma de discriminação”.
Cássia Kis também foi procurada, mas não retornou o contato.
Globo tem normas de conduta
A Globo enviou uma série de normas para todos os funcionários da emissora e orientou sobre conduta para as eleições.
Entre as normas, além de não participar de campanhas políticas na TV, rádio, e de não poder subir no palanque de candidatos, a Globo proíbe também que funcionários compareçam ao trabalho com roupas que possam ser vinculadas a campanhas eleitorais (camisa, bottons e adesivos) e não permite que carros com adesivos de candidatos sejam estacionados dentro da empresa.
“Não existe proibição de manifestações políticas pessoais dos talentos artísticos, desde que não vinculadas à Globo, inclusive em eventos presenciais e nas redes sociais. Elas não podem envolver ativos da Globo, como instalações da empresa, cenários e figurinos de personagens, etc”, informou um comunicado da Globo enviado a jornalistas sobre as regras envolvendo as eleições.