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Ao ContilNet, Bittar fala sobre vitória de Gladson e defende Marcia: “Não foi compreendida”

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Foto: ContilNet

Derrotado duplamente nas eleições do último domingo (2) como candidato ao Governo e com a perda da ex-esposa Márcia Bittar na disputa para o Senado pelo PL, o senador Márcio Bittar (União Brasil), disse ao ContilNet nesta segunda-feira (3), que acaba a campanha sem mágoas mas sem esquecer àqueles que atravessaram o seu e o caminho da mãe de seus filhos. Sem citar nomes, o senador utilizou uma frase atribuída ao presidente assassinado dos Estados Unidos, Jonh Kennedy, segundo o qual, na política, os inimigos devem ser perdoados, mas jamais esquecidos. 

Particularmente, o senador disse que, apesar da derrota dupla, está tranquilo, com a certeza de que fez o que seria necessário fazer. “Algumas pessoas não entendem, mas existem coisas que são mais importantes que ganhar ou perder uma eleição, como  honra e caráter”, disse. “O que fizeram com a mãe dos meus filhos, não me deixou alternativa senão tomar as decisões que tomei. Eu tinha que dar apoio a ela, para ajudá-la atravessar um momento muito difícil. Assim, honrei quem tinha que tinha que honrar. O homem que não honra sua família não merece o nome”, acrescentou.

Márcio Bittar disse ainda ter sido candidato ao Governo para poder fazer campanha para o presidente Jair Bolsonaro no Acre. “Também honrei o  Bolsonaro. Procurei mostrar o que ele fez pelo país e por nosso Estado e que foi creditado a outras pessoas. A campanha foi a oportunidade que encontrei de corrigir isso”, afirmou.

O senador disse ainda que o fato de Márcia Bittar ter chegado em quarto lugar entre oito candidatos, com 41.159 votos – 9,99% do total de votos válidos – não a faz uma candidata derrotada. “Ela nunca tinha sido candidata. Numa campanha majoritária o candidato pode às vezes fazer tudo certo e ainda assim não ser compreendido pela população. Ela fez uma campanha de propostas, mas não foi suficientemente compreendida. No entanto, venceu porque estabeleceu o que era mais importante”, disse o ex-marido da candidata. “O que estava em jogo era a honra dela. Ela tinha que mostrar que ao contrário da campanha de difamação que sofreu, ela tem equilíbrio, é politicamente madura, inteligente e de bom caráter e cheia de valores cristão – tudo o que eu já sabia e conhecia. Quanto a mim, deixo que o futuro e as pessoas me julguem. Estou tranquilo, em paz com minha consciência”, afirmou. 

Quanto ao governador Gladson Cameli, que não aceitou a indicação para ter Márcia Bittar como sua candidata a vice e que foi reeleito, Márcio Bittar disse que, próximo aos 60 anos, não tem mais idade para guardar mágoas. “Fosse o eleito o Jorge Viana do PT ou qualquer outro, meu compromisso com o Acre e seu povo não cessaria. Costumo dizer que meu compromisso não é com o governador e sim com o Estado que me elegeu senador. Vou continuar ajudando o Estado como sempre fiz por entender que um deputado ou um senador não pode deixar de atender um governador por nenhum motivo”, disse, ao lembrar frase atribuída ao presidente norte-americano. 

Em relação ao futuro de Márcia Bittar na política, segundo o senador, cabe a ela decidir. “Se ela quiser continuar, sempre terá o meu apoio, como ela sempre me apoiou”, disse.

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