Um homem foi preso nesta terça-feira (11) por fazer apologia à pedofilia na internet e ainda ter estuprado sete crianças da própria família, como sobrinhas e filhas de primas. A investigação foi feita pela Polícia Federal (PF) em Porto Velho, mas o suspeito foi localizado em Sorocaba (SP).
A operação que resultou na prisão do homem é chamada de Nightmare (que em português significa pesadelo).
Segundo a PF, a investigação está sendo feita há vários meses e começou após uma ação feita no primeiro semestre para combater grupos de aplicativos dedicados na produção de fotos e vídeos com crianças sendo estupradas.
Depois de meses monitorando os crimes na internet, o Núcleo de Repressão a Crimes Cibernéticos conseguiu identificar o líder/administrador dos grupos proibidos nas redes sociais. O nome dele não foi divulgado.
Apologia à pedofilia
Durante o andamento da investigação, a PF descobriu que o homem era o responsável por adicionar e remover membros dos aplicativos de mensagens.
A participação dos integrantes no chat era obrigatória e quem não compartilhasse ou produzisse conteúdo relacionado à pornografia infantil era expulso e removido.
Ao longo desses meses, segundo a PF, o investigado fez apologia à pedofilia por diversas vezes e sempre enviava cumprimentos em mensagens como: “Bom dia, amigos estupradores e assediadores sexuais de mulheres”.
Além de pedofilia, a operação flagrou o administrador incitando os membros do grupo a praticarem estupros contra mulheres, zoofilia, ou qualquer violência sexual em si.
Prisão e confissão
O homem responsável pelos grupos foi localizado e preso em Sorocaba, após mandado judicial autorizado pela 3ª Vara Federal Criminal em Rondônia.
Durante revista na casa do investigado no interior de São Paulo, os policiais federais de Sorocaba encontraram um “vasto conteúdo relacionado à pornografia infantil no aparelho celular do suspeito”.
Após ser preso, segundo a PF, o homem confessou ter abusado sexualmente de ao menos sete crianças.
“As vítimas seriam sobrinhas, filhas de primas, e outras com as quais o investigado possui vínculo familiar”.
Na justiça o suspeito vai responder por estupro de vulneráveis, produção, compartilhamento e armazenamento de conteúdo relacionado à pornografia infantil, associação criminosa, crimes de racismo e incitação ao crime.
Somadas, as penas para todos esses crimes podem passar de 100 anos de reclusão, a depender do número de vítimas.
Os eletrônicos apreendidos em Sorocaba na casa do suspeito vão ser periciados pelo NRCC da PF em Rondônia.