Indignados com a forma com a correção das provas práticas da segunda etapa do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira), alguns médicos acreanos procuraram a reportagem do ContilNet para denunciar o que chamam de injustiça por parte do Cebrasp (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), órgão responsável pela elaboração e correção da prova que valida diplomas de médicos que cursaram a graduação no exterior.
Um dos denunciantes, explicou que foi reprovado por apenas 0,4 ponto na prova de Habilidades Clínicas e que lhe tiraram um ponto de uma questão em que alegam que ele deixou de responder determinada questão, mas o médico garante que respondeu à pergunta.
“Eu tenho o vídeo que mostra, infelizmente se eu divulgá-lo posso ser reprovado, mas toda a prova de análise clínica é gravada e eles liberam para que que possamos assistir e está clara a minha resposta que eles alegam não ter sido respondida”, explica o médico que prefere não se identificar por temer que seja ainda mais prejudicado.
Fora isso, os denunciantes alegam demora na resposta dos recursos. “Enviei um na última sexta-feira e até hoje não tive resposta, os telefones disponibilizados estão sempre ocupados”, explica.
Para fazer a prova, os médicos formados no exterior precisam pagar cerca de R$ 4 mil, a cada tentativa. Mas para eles, o problema vai além do dinheiro: “Tenho certeza que a situação vai ser resolvida, nem que seja por meio jurídico, mas isso é um processo demorado, oneroso e vem o desgaste emocional, toda a pressão e ansiedade que isso gera na gente”.