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No Acre, município de Feijó detém maior índice de queimada e desmatamento da região, aponta pesquisa

Por AGÊNCIA CENARIUM

Até 14 de outubro deste ano, o Acre acumulou o total de 461,22km² de avisos de desmatamento detectados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Os dados são da Terra Brasilis, plataforma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no qual apontam que o município de Feijó é lugar com maior índice de queimadas e desmate no Estado chegando, inclusive, a 88,10km² de avisos de desmatamento.

O estudo revela que Feijó apresenta piora nas estatísticas relacionadas ao desmatamento nos últimos dois anos. Segundo o Terra Brasilis, as análises que compreendem até outubro dos anos de 2020 e 2021, as elevações seguiram as respectivas sequências: 64,50km² e 71,89km². Se comparado a 2022, há uma diferença de pouco mais de 23km².

O município situado na região central do Acre, que até o ano de 2020 possuía uma média de 34.884 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta também pouco mais de 21% dos focos de calor registrado em todo o Acre, conforme o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em junho deste ano, outro levantamento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontou que, somente no mês de maio, o Estado teve 40 quilômetros de floresta devastada, resultando em um aumento de pouco mais de 15% em relação ao desmatamento na região, no mês de abril, período em que a soma da destruição atingia 11 quilômetros quadrados.

Os dados mostraram que do total de 1.476 quilômetros da área desmatada na Amazônia Legal, em maio, 3% foram no Estado do Acre. De agosto de 2021, até o mês de maio deste ano, o Acre alcançou 480 quilômetros quadrados de desmatamento, 9% menos do que o período de agosto de 2020 a maio de 2021, quando a região atingiu 528 quilômetros quadrados de devastação.

O Imazon também revelou que a degradação no Estado teve um aumento significativo no mês de julho deste ano. Um aumento de 5.000%, saindo de 1km² para 51km². Em agosto, o Imazon publicou, ainda, que, nos últimos 12 meses, 36% do desmatamento ocorreu na área conhecida como “Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia).

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