A campanha Outubro Rosa tem como objetivo alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas um fato pouco discutido é a possibilidade desse tipo de câncer ser realidade entre homens também. No Acre, pelo menos um caso foi registrado em 2022, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
O câncer de mama é mais frequente em mulheres, visto que apenas 1% dos casos são registrados em homens, mas pode acontecer e é preciso estar atento. A doença nos homens geralmente está ligada a fatores genéticos.
Sintomas
Os sintomas do câncer de mama masculino são o surgimento de um caroço próximo ao mamilo, retração do mamilo, dor unilateral na mama e secreção pelo mamilo. Para realizar o diagnóstico deve ser feito o exame da mamografia, a ultrassonografia e a biópsia percutânea com agulha grossa, denominada de core biopsy. Este tipo de biópsia em geral é feita guiada pela ultrassonografia e com anestesia local.
Tratamento
A mama masculina é pequena e os nódulos quando aparecem estão atrás do mamilo e existem alguns tratamentos possíveis: Se o diagnóstico é precoce, o prognóstico após o tratamento do câncer de mama masculino tem taxa de cura de 90 a 95% nos casos iniciais.
Quando não há metástases em órgãos distantes, o tratamento começa com a cirurgia da retirada da mama (mastectomia) associada a cirurgia de retirada do primeiro gânglio linfático axilar que drena a mama (linfonodo sentinela). A retirada do linfonodo sentinela é importante para que os médicos saibam se a doença está restrita na mama ou se já começou a se propagar para outros órgãos.
Se o câncer se propagou para a axila, só a cirurgia não é suficiente para o controle da doença. Nestes casos, após a cirurgia, é indicado a quimioterapia.
Dados do Acre
Segundo os dados disponibilizados pela Sesacre, do Hospital das Clínicas do Acre – Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), entre 2007 e 2011 nenhum caso foi registrado no Acre, mas a partir de 2012 foram registrados alguns casos. Confira:
2012: 1 caso
2013: Nenhum caso
2014: 1 caso
2015: Nenhum caso
2016: Nenhum caso
2017: 2 casos
2018: 1 caso
2019: 1 caso
2020: Nenhum caso
2021: 1 caso
2022: 1 caso