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Prestes a uma nova catástrofe mundial, Putin diz que Rússia não é inimiga do Ocidente

Por G1

Reprodução

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (27) que a Rússia não se considera inimiga do Ocidente.

Putin, que há quase oito meses trava uma guerra na Ucrânia com países ocidentais como inimigos, criticou ainda líderes do Ocidente “arrogantes” que, segundo ele, estão determinados a impor seus valores ao resto do mundo.

Em uma entrevista a jornalistas em Moscou, o líder russo disse que seu governo nunca aceitaria que países ocidentais lhe dissessem o que fazer. E ameaçou ainda “um preço alto” caso os países rivais continuem imponto condições ao Kremlin.

“A Rússia não está desafiando as elites ocidentais. A Rússia está apenas tentando defender seu direito a existir”, declarou Putin, no “think tank” Valdai Club, em Moscou.

Também nesta quinta, a Rússia voltou a atacar Kiev, que ficou parcialmente sem luz o dia inteiro após bombardeios em centrais de energia, uma tática atual recorrente das tropas russas. A região da capital ucraniana teve um déficit de 30% em sua capacidade de gerar a energia necessária após ataques russos durante a noite, afirmou o governador regional.

Há três semanas, capital ucraniana voltou a ser alvo de bombardeios após cinco meses de “normalidade”. Os ataques são uma retaliação, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a explosões que atingiram a ponte da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Putin acusou a Ucrânia, que nunca se pronunciou oficialmente sobre o ataque.

A Ponte da Crimeia é a única ligação por terra entre a Rússia e a península anexada, e foi inaugurada pelo próprio Vladimir Putin em 2018. Portanto, a explosão também tem sido vista como um ataque ao orgulho de Putin – o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já disse que a guerra da Ucrânia começou e vai terminar pela Crimeia.

As explosões em Kiev marcam também uma escalada das tensões na guerra, que nos últimos meses ficou focada em investidas russas no leste e no sul.

Em setembro, a Ucrânia anunciou um ambicioso plano de retomada de diversas regiões em território ucraniano invadidas por Moscou. Com a ajuda militar e estratégica de países do Ocidente, o governo ucraniano afirmou ter reconquistado cerca de 10% das áreas ocupadas por tropas russas.
Em resposta, o presidente russo fez um pronunciamento à nação pela TV anunciando a convocação de cerca de 300 mil reservistas no país inteiro, o que gerou uma grande onda de fuga de jovens russos. Dias depois, quatro regiões da Ucrânia – Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk – foram submetidas a um referendo organizado e realizado por Moscou sobre se os cidadãos locais queriam se separar da Ucrânia e se anexar à Rússia.

Putin anunciou vitória na consulta pública e, há duas semanas, assinou a anexação dos quatro territórios em uma cerimônia transmitida por telões em Moscou. A ONU e a comunidade internacional não reconhecem a anexação.

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