Sem herdeiros, Jô Soares deixou fortuna para funcionários que cuidaram dele até a morte e para a ex-mulher

Pouco antes de morrer, há dois meses, Jô Soares modificou seu testamento. Sem herdeiros, o apresentador e humorista incluiu seus funcionários na lista de beneficiários de sua fortuna. Além deles, a ex-mulher Flavia Pedras, com quem Jô ficou 15 anos casado, vai ficar com a maior parte da herança.

Dono de um patrimônio milionário, o apresentador era filho único e também só teve um filho, Rafael, que morreu em 2014. Ele era fruto do casamento entre Jô e a atriz Teresa Austregésilo.

Com os funcionários tinha uma relação de longa data e de muita amizade. Jô morreu aos 84 anos após ter sido um dos apresentadores mais bem pagos da TV. estima-se que seu salário na Globo atingia o patamar de R$ 500 mil por mês além de participação em merchandising.

A ele é atribuída uma propriedade em Vinhedo, de R$ 15 milhões, que, na realidade nunca foi do apresentador. O imóvel mais conhecido é sua cobertura duplex, no bairro Higienópolis em São Paulo, um dos endereços mais exclusivos da cidade, com muitas obras de arte, além de um acervo digno de centro cultural, que era o que Jô Soares queria que fosse transformado o local.

Os últimos anos de Jô Soares foram vividos dentro de seu luxuoso apartamento no bairro de Higienópolis, em São paulo. Um dos metros quadrados mais caros da capital paulista, o endereço abriga centenas de livros, muitos objetos de arte e até uma réplica do Super-Homem na sala.

Carioca, o humorista e apresentador fincou os pés em São paulo e ficou. Passou as últimas décadas num imponente prédio de esquina na Praça Esther Mesquita.

Reclusão maior com a pandemia

Jô estava separado de Flávia Pedra desde 1998, mas os dois mantiveram-se muito próximos e era ela quem mais ia ao apartamento. Hoje, Flavia é casada com a cantora Zélia Duncan, que passou também a conviver com o apresentador e humorista.

No dia a dia, ele tinha a companhia de seus empregados, já que o único filho, Rafael Soares, morreu aos 50 anos, em 2014. Ele era portador de autirsmo. Jô nunca se recueprou de fato dessa perda.

Até 2019, ele estava no teatro, encenando e dirigindo. Mas interrompeu a temporada de “O livro do Jô” por questões de saúde. Quando a pandemia começou, o apartamento passou a ser um refúgio, de onde saía no banco do carona do carro, cionduzido por seu motorista particular. Um dos destinos mais acessados por Jô era a paróquia de Santa Rita de Cássia, no Pari, onde permanecia sentado em silêncio diante do altar de sua santa de devoção.

“Existe uma diferença entre estar em casa só e estar em casa em solidão”, disse ele, certa vez numa entrevista à “Veja”.

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