O Tribunal Superior Eleitoral prepara um novo concurso unificado da Justiça Eleitoral para 2023. Essa seleção funciona da seguinte forma: um único edital é publicado com vagas para o TSE e Tribunais Regionais (TREs) que demonstrem interesse em preencher cargos vagos.
No último concurso TRE unificado, as vagas foram distribuídas por tribunais. No ato da inscrição, o participante deveria sinalizar o cargo e o órgão que desejasse concorrer.
Ainda não há confirmação, mas a estimativa é que tal estrutura seja mantida. Os cargos de técnico judiciário (nível médio) e analista judiciário (nível superior) devem ser contemplados no edital.
De acordo com levantamento da Folha Dirigida, os três cargos e especialidades mais procurados devem ser:
#1 Técnico Judiciário — área Administrativa
- Requisitos: ensino médio completo;
- Remunerações: R$8.501,45, incluindo o vencimento de R$3.163,07, a Gratificação por Atividade Jurídica (GAJ) de R$4.428,30 e o auxílio-alimentação de R$910,08.
#2 Analista Judiciário — área Administrativa
- Requisitos: ensino superior completo em qualquer área;
- Remunerações: R$13.365,38, compostos pelo vencimento básico, de R$5.189,71, pela GAJ de R$7.265,59, e auxílio-alimentação de R$910,08.
#3 Analista Judiciário — área Judiciária
- Requisitos: ensino superior completo em Direito;
- Remunerações: R$13.365,38, compostos pelo vencimento básico, de R$5.189,71, pela GAJ de R$7.265,59, e auxílio-alimentação de R$910,08.
Tais cargos são os que, geralmente, apresentam o maior número de inscritos nos concursos de tribunais. Isso por conta dos poucos requisitos e alta remuneração. Além da estabilidade empregatícia.
Os servidores ainda têm direito a vários benefícios, como assistência médica e odontológica (R$215), adicional de qualificação (por nível de escolaridade superior ao exigido para a carreira), auxílio-creche (R$719,62 por dependente de até 5 anos).
TSE começa a reunir dados para contratar banca do concurso
O Tribunal Superior Eleitoral já começou a reunir dados para subsidiar a contratação da banca organizadora do concurso unificado da Justiça Eleitoral.
Em ofício enviado aos Tribunais Regionais, o TSE pede informações sobre os cargos efetivos e quantitativos de vagas. Além de quais cargos deverão ser contemplados na formação de cadastro de reserva.
De acordo com apuração da Folha Dirigida, mais de dez TREs manifestaram interesse na seleção. São eles: de Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso, Piauí, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Roraima, Tocantins, Maranhão e Rio Grande do Sul.
Nos concursos unificados, todo o orçamento fica concentrado no TSE, que promove a escolha da banca organizadora e traz a previsão de nomeações.
No último concurso TRE unificado, aberto em 2006, o Cebraspe (então Cespe/UnB) foi o organizador contratado. Ele ficou responsável por receber as inscrições e aplicar as etapas da seleção, como provas objetivas.
Saiba como foi o último concurso do TRE unificado
Há 16 anos, ocorreu o último concurso unificado para Justiça Eleitoral. Foi publicado um edital com 801 vagas , distribuídas entre:
- Tribunal Superior Eleitoral – 280 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral do Acre – 6 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – 435 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia – 56 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral de Roraima – 24 vagas.
As oportunidades foram para as carreiras de técnico judiciário (nível médio) e analista judiciário (nível superior). No ato da inscrição, o participante tinha que sinalizar o cargo e o tribunal que desejasse concorrer.
O Cebraspe (Cespe/UnB) foi o organizador do concurso. Os candidatos foram avaliados por diferentes etapas a depender da localidade das vagas. Veja a estrutura de provas:
TSE:
- Prova objetiva;
- Prova discursiva (apenas para cargos de nível superior);
- Avaliação de títulos.
TRE AC; TRE RO; TRE RR:
- Prova objetiva;
- Prova discursiva.
TRE RJ:
- Prova objetiva;
- Prova discursiva (apenas para cargos de nível superior);
- Prova de capacidade física (somente para o cargo de técnico judiciário – área: Serviços Gerais – especialidade: Segurança Judiciária).
As provas foram aplicadas nas capitais dos estados com vagas nos tribunais regionais e no Distrito Federal, no caso das oportunidades para o TSE.
Os participantes tiveram que responder a questões sobre Conhecimentos Básicos e Específicos.