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“Um país dividido pelo ódio e pela violência”, afirma Angelim sobre o clima no segundo turno

Por REDAÇÃO CONTILNET

Foto: Contilnet

Em entrevista ao Contilnet na manhã deste domingo (30), o ex-prefeito de Rio Branco e ex-deputado federal do Acre, Raimundo Angelim, afirmou estar muito triste com o clima que as campanhas de primeiro e segundo turno trouxeram para o Brasil. “Nós tínhamos aqui uma festa democrática em outras eleições. E o que a gente vê hoje é um país dividido pelo ódio, pela violência, pelo destempero das pessoas, como se dizia antigamente”, afirmou.

Confiante na vitória de Lula, ele seguiu dizendo que não se respeita mais as diferenças e que o futuro presidente terá um trabalho enorme para harmonizar e fazer com que o país volte a ter esperança. “Que as pessoas possam ter oportunidades de trabalho, que as pessoas voltem a se visitar, a se abraçar, porque esse é um país que se constrói a partir do dar as mãos, independente de cores partidárias, independente de credos”.

Sobre esse domingo de segundo turno, Angelim destacou que visitou toda a cidade com a família e que até o momento Rio Branco está tranquila, sem grandes movimentos. “Mas o que a gente vê a nível nacional é muito triste, as pessoas com revoltas, as pessoas ameaçando. Essa não é a campanha, não é a política que eu desejo para o nosso país, para os nossos netos e para a nossa geração”, lamentou.

Quanto ao futuro do Acre com o resultado das eleições para govenador, deputados e senador, o ex-prefeito ressaltou que o povo fez a escolha e que os eleitos têm a responsabilidade de melhorar a situação do estado, com oportunidades de trabalho e qualidade na educação fundamental e ensino médio. “Eles vão ter uma grande responsabilidade de voltar a investir na economia do estado, melhorar o acesso a saúde de qualidade e eu não vejo que eles têm essa determinação. Eu acho que tem que haver uma grande união deles em prol do estado”, afirmou.

Por fim, Angelim lembrou que, durante a campanha de Jorge Viana para governador, foi até Cruzeiro e ficou horrorizado com o que viu na BR 364.

“Não tem justificativa para ela estar assim, porque eles tinham uma bancada federal majoritariamente, praticamente a maioria dos deputados, tinham seis que eram bolsonaristas, dos senadores e não dá para deixar uma BR daquele jeito já que o Dnit é do governo deles. Nos nossos governos, o presidente Lula, a gente fez ponte, a gente melhorou as condições de trafegabilidade da estrada e hoje as pessoas não tem o direito de ir e vir porque está impraticável e agora com esse período invernoso mais ainda. Então é muito difícil, eles têm uma enorme responsabilidade. Mas se Deus quiser, o presidente Lula vai ganhar e, ganhando, o Jorge Viana, as lideranças do PT no Acre vão trabalhar para que, se o Governo Federal investir recursos no estado, priorizar a BR, priorizar a educação, ou seja, o Acre volte a subir e a ter esperança de um estado melhor para se viver”.

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