A apresentadora do Jornal Nacional, Renata Vasconcelos, não conseguiu segurar a emoção no encerramento da edição desta terça-feira (25/10). Após a matéria que anunciava a morte de Susana Naspolini, aos 49 anos, foi possível ver a âncora aos prantos na bancada do telejornal.
Em seguida, a edição do Jornal Nacional terminou. Susana Naspolini não resistiu a um câncer na bacia e morreu. A jornalista fez fama na televisão cobrindo o dia a dia do Rio de Janeiro e se destacava pela irreverência.
A repórter da Globo estava internada há pouco mais de semana em um hospital de São Paulo. Nos últimos dias, a filha de Susana, inclusive, usou as redes sociais para pedir orações pela mãe.
Susana travou e venceu lutas contra a doença, porém, um tumor identificado pelos médicos na bacia se espalhou por outros órgãos e ela não resistiu.
Trajetória
Susana Dal Farra Naspolini Torres nasceu no dia 20 de dezembro de 1972, em Criciúma, Santa Catarina. Filha da professora Maria Dal Farra Naspolini e de Fúlvio Naspolini, sócio de uma transportadora de cargas, Susana sempre sonhou em ser repórter. Em 1990, passou no vestibular para Comunicação Social na Universidade Federal de Santa Catarina. Um ano depois, conseguiu uma vaga no curso de teatro do Tablado, no Rio de Janeiro, e se mudou para a capital fluminense. Aos 18 anos, descobriu um câncer nas células do sistema linfático, a primeira de cinco batalhas contra a doença o câncer que a jornalista teria pela frente.
Em 2010, ela descobriu um nódulo maligno na mama direita e, no final do mesmo ano, um tumor na tireoide. No ano de 2016, a jornalista enfrentou outro câncer de mama.
A repórter fez sucesso na Globo do Rio de Janeiro, onde se notabilizou pelo jornalismo comunitário. Ela se envolvia em entrevistas e pautas que mostravam os problemas reais dos cariocas.
“É o meu jeito de trabalhar, podem, ou não, gostar. Sou muito feliz fazendo, me sinto em casa. No outro dia, minha filha falou: ‘Mãe, sua blusa estava toda suada’. Respondi: ‘Filha, estava gravando em Bangu, meio-dia, não vai ter suor?’. Tem suor, tem o cafezinho; se eu tiver andando e tropeçar, vai entrar o tropeço; se eu sentar na calçada pra falar com alguém, vai mostrar; ah, esse ângulo tem mais sol do que o outro? Não tem problema, é ali que a gente está”, disse em uma entrevista para o Memória Globo.