A comitiva do estado Acre, presente na COP27, apresentou na manhã deste sábado, 12, em Sharm el Sheikh, no Egito, as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Sustentável para o estado, cuja validade será de 10 anos.
O plano decenal tem como principal objetivo fazer do Acre uma terra de oportunidades e socialmente justa, levando dignidade e justiça social para as pessoas que vivem da floresta.
“O Acre tem sido modelo de políticas ambientalmente sustentáveis, tendo iniciado essa política com o projeto Sisa. A proposta agora é que a governança extrapole a área ambiental e atinja outras áreas, e todo o plano seja discutido de forma colaborativa. Essa é a base para o nosso plano decenal”, disse Vasti Queiroz, chefe de departamento de Governança da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).
Segundo o procurador estadual de Meio Ambiente, Rodrigo das Neves, a partir do momento em que o estado se dispõe a fazer um plano a longo prazo, ele assume diversos riscos, em razão do prazo para a execução. “No entanto, nossas perspectivas são excelentes, pois além de termos uma boa metodologia, que inclui a participação da sociedade e seus vários representantes, temos o compromisso da alta cúpula do Estado e um nível técnico elevado das pessoas envolvidas”, destacou.
Compromisso a longo prazo
A fala do procurador foi corroborada pelo gerente de Desenvolvimento de Grandes Organizações Públicas da Fundação Dom Cabral, Paulo Guerra. Segundo ele, o plano é um legado que está sendo deixado pelo governo do Estado do Acre para as próximas gestões. “Esse é um plano do território acreano e não apenas de governo, pois as pessoas envolvidas conseguiram compreender o processo de desenvolvimento sustentável com um sistema integrado e dinâmico”, destacou.
Para ele, um dos momentos mais importantes do plano será entender a realidade de outros países e estados; acompanhar as tendências dos cenários nacional e internacional e verificar o que é compatível com o Acre para a construção do plano. “É uma estratégia que ajudará o Acre a concretizar o que tem de potencial”, reforçou.
Com o plano pronto, o Acre deverá promover o desenvolvimento socioeconômico com o uso sustentável dos recursos naturais, o desenvolvimento econômico, a diversificação e elevação de bens e produção; de bens e serviços, a geração de emprego e renda.