A absorção de emissão de gases do efeito estufa acontece durante o processo de fotossíntese das plantas, que precisam de uma quantidade exata de carbono para crescerem. Na Amazônia Legal, o Acre é o terceiro estado que mais absorveu em 2021, com 27,6% de remoção dos gases em áreas protegidas, segundo o estudo lançado pelo Observatório do Clima.
Com 47% do território do Estado coberto por áreas protegidas, o Acre ocupa o terceiro lugar no ranking da remoção dos gases de efeito estufa da atmosfera. Já na lista de emissores de CO2 por tonelada, o Acre ocupa o penúltimo lugar dentre os nove estados da Amazônia Legal, com 43.995.711 toneladas, sendo o 17º no ranking nacional.
Nos nove estados da Amazônia Legal, as unidades de conservação e as terras indígenas removeram 27%, cerca de 354,4 milhões de toneladas, do CO2 bruto emitido na região em 2021. De todo o volume de remoções na Amazônia, 64% se deu em áreas protegidas.
O estudo chamado 10ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) e foi lançado pelo Observatório do Clima em parceria com Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e Governos Locais para a Sustentabilidade (Iclei).
De acordo com o SEEG, 76,6% do CO2 equivalente lançado na Amazônia em 2021 vieram das derrubadas florestais. Já as atividades agropecuárias, em especial a criação de bovinos, responderam por 21,7% das emissões brutas dos gases do efeito estufa na Amazônia em 2021.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 o Acre tinha o sexto maior número de cabeças de gado da Amazônia Legal, com 4.047.283, sendo o 14º do ranking nacional.
Segundo o projeto para o mapeamento oficial das perdas anuais de vegetação nativa na Amazônia Legal, o Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), o Acre é o quinto estado com maior porcentagem de desmatamento da Amazônia em 2021, com 889,00 km², equivalente a 6.82%.
Segundo o SEEG, no Acre, os maiores emissores de gases foram a agropecuária, com 8.023.202 toneladas e a Mudança de Uso da Terra e Florestas, com 34.891.258 toneladas.