Advogado é preso ao atirar contra manifestantes após furar bloqueio; VÍDEO

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Um advogado, de 35 anos, foi preso ao atirar para cima no momento em que tentava furar um bloqueio feitos por caminhoneiros na BR-060, em Sidrolândia (MS), nesta segunda-feira (31). O momento em que Bhenhur Rodrigo Bresciani atira para o alto foi filmado por manifestantes. Veja o vídeo acima.

A informação da ocorrência foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo relatos, os policiais negociavam com os manifestantes o sistema de “pare e siga” para os veículos de passeio. Assim que os oficiais começaram a retirar os pneus, Bhenhur avançou e atingiu alguns caminhoneiros. O g1 tentou contato com o escritório do advogado, porém, as ligações não foram atendidas.

Os manifestantes que estavam próximo ao veículo prata se exaltaram e começaram a chutar e jogar objetos contra o automóvel. O motorista tirou a arma de fogo e efetuou três disparos, segundo a PRF.

No vídeo, manifestantes aparecem filmando a barricada, quando um carro cinza avança contra a barricada. Após, é possível ouvir os disparos vindos do veículo de passeio.

Polícias Rodoviários Federais que acompanhavam a manifestação dos caminhoneiros bolsonaristas em Sidrolândia intervieram assim que ouviram os disparos.

De acordo com o Boletim da Ocorrência, com o homem foram apreendidos um canivete, uma pistola, 48 munições de marca variada. O motorista foi preso por disparo de arma de fogo em via pública e segue da delegacia de Sidrolândia.

Interdições em Mato Grosso do Sul

Ao menos 26 trechos de rodovias em Mato Grosso do Sul têm bloqueios por causa de manifestações nesta segunda-feira (31). Os atos tiveram início na noite de domingo (30), logo após os resultados do segundo turno das eleições que terminou com a derrota de Jair Bolsonaro (PL). Veja o vídeo acima.

Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar Rodoviária Estadual (PRE), ao menos 25 cidades registram manifestações com interdições de rodovias.

Os atos tiveram início logo depois do anúncio da vitória do candidato a presidência do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Barricadas de pneus queimados impedem a passagem de caminhões. Conforme apurado pelo g1, os manifestantes pedem a recontagem dos votos da eleição presidencial.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) informou que “a pauta da categoria dos caminhoneiros não é política, mas econômica” e que “respeita o resultado soberano das urnas” (veja a íntegra abaixo).

A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) defende, acima de tudo, a democracia, ou seja, RESPEITA O RESULTADO SOBERANO DAS URNAS.

“Vivenciamos uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos de não aceitação do resultado das urnas. Precisamos respeitar o que o povo decidiu nas urnas: a vitória de Luís Inácio Lula da Silva. Esse projeto que está foi derrotado ontem”, enfatiza o diretor da CNTTL, o caminhoneiro autônomo de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer.

O diretor da Confederação reforça que a pauta da categoria dos caminhoneiros não é política, mas econômica.

“Os 800 mil caminhoneiros autônomos e celetistas da nossa base da CNTTL continuarão a luta pela volta da aposentadoria aos 25 anos de trabalho, pela consolidação Piso Mínimo de Frete, pela criação de pontos de parada e descanso, pela redução do preço do combustível e pela defesa da Petrobras. Essa luta é permanente”, frisa Litti.

Agro pede liberação de perecíveis

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu em comunicado, divulgado nesta segunda-feira (31), que as rodovias sejam liberadas para “cargas vivas, ração, ambulâncias e outros produtos de primeira necessidade e/ou perecíveis”. Confira a nota na íntegra abaixo:

A Frente Parlamentar da Agropecuária entende que o momento é delicado e respeita o direito constitucional à manifestação, porém ressalta que o caminho das paralisações de nossas rodovias impacta diretamente os consumidores brasileiros, no possível desabastecimento e em toda a cadeia produtiva rural do País.

Fazemos um apelo para que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e outros produtos de primeira necessidade e/ou perecíveis.

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